Item básico de segurança em veículos, o extintor de incêndio passará por mudanças a partir de 1º de janeiro de 2015, e o motorista deve ficar atento para adequar o equipamento. Todos os veículos deverão ser equipados com extintores de incêndio com pó químico do tipo ABC, que abrange um número maior de materiais no eventual combate a incêndio.
Antes, o tipo usado era o BC, que equipou os carros fabricados até 2004. Veículos fabricados depois de 2009 já passaram a ser equipados com extintores de incêndio de pó químico do tipo ABC, mas é preciso checar. O produto tem prazo de validade, e como no período não havia a nova legislação federal, há possibilidade do extintor trocado ser do tipo BC.
Aprovada em 2009
A lei foi aprovada em 11 de novembro de 2009, com cinco anos de prazo para a adequação. É considerado infração grave descumprir a nova lei e o proprietário do veículo está sujeito a multa de R$ 127,69, mais 5 pontos na Carteira de Habilitação. A regra vale em todo o Brasil para carros de passeio, utilitários, camionetas, caminhonetes, caminhões, ônibus, micro-ônibus e triciclos de cabine fechada.
O extintor do tipo BC é designado para combater incêndio causado apenas por líquidos inflamáveis (óleo diesel, gasolina, querosene etc.) e equipamentos elétricos, enquanto extintores do tipo ABC são eficazes também no combate ao fogo em materiais sólidos como tecidos, espuma, plásticos e borrachas, encontrados em abundância no interior dos veículos.
O extintor tem validade de cinco anos e é descartável, o que equivale a dizer que não pode ser recarregado, segundo o Instituto de Pesos e Medidas (Ipem). O custo do equipamento é quase o dobro, se comparado ao modelo anterior. O valor é, em média, de R$ 60,00.Prevenção
Ao condutor, fica a responsabilidade de verificar periodicamente se o extintor continua pressurizado, condição esta que possibilita que seja expelida a carga quando houver necessidade. Quem já possui o veículo equipado com o extintor de pó químico ABC deve trocá-lo apenas se expirar o prazo de validade ou despressurização.
O motorista Igor Henrique Barbosa, de 21 anos, contou que trocou o extintor do carro este ano, e já pensou em comprar o modelo novo, para evitar uma nova troca no ano que vem. “O outro venceu, então já comprei o tipo correto, porque tinha visto a informação da mudança e não queria correr riscos”, contou. O empresário Thiago Ferreira Paz, de 33 anos, também já anda com o extintor ABC no carro. “Ele vai vencer em 2015, então vou trocar de novo. Mas opto por esse modelo porque é mais seguro”, disse.
Já a aposentada Ângela Corrêa, de 60 anos, não sabia que o extintor que estava em
seu carro ainda é o modelo BC. Ela falou que vai correr para fazer a troca. “Eu vi a notícia, mas não sabia qual era o meu extintor. Agora vou trocar, espero que seja mesmo mais seguro e não só uma mudança desnecessária”, disse.
PARA QUE SERVEM
1. Extintor com carga à base de pó químico BC é indicado para princípios de incêndio de líquidos inflamáveis e equipamentos elétricos2. Extintor com carga à base de pó químico ABC é indicado para princípios de incêndio de sólidos, papel, madeira, tecidos, líquido inflamável e equipamentos elétricos
Infração grave
Segundo o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) — órgão máximo normativo, consultivo e coordenador da política nacional de trânsito — não existe uma obrigatoriedade de que o proprietário do veículo retire o plástico que protege o extintor de incêndio.
Há, no entanto, recomendação de se retire o plástico para poupar tempo em um eventual incêndio. De acordo com o artigo 230 do Código de Trânsito Brasileiro, conduzir veículo sem o extintor, com o equipamento com prazo de validade vencido, vazio ou com lacre rompido é infração grave.
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