Inscrições para as duas modalidades do financiamento estudantil terminam nesta quarta, 12
São Paulo, 11 de fevereiro — Após as inscrições para o Sisu e o ProUni serem encerradas, chegou a hora do Fies. O programa de financiamento estudantil realizado pelo Ministério da Educação (MEC), tem como objetivo financiar cursos superiores não gratuitos a estudantes com avaliação positiva nos processos realizados pelo ministério, como o Enem, e ofertados por instituições que aderiram ao programa.
A partir de 2020, o financiamento contará com duas modalidades, e o prazo para inscrições se encerrará nesta quarta-feira (12) para ambas. Conheça as diferenças entre as duas:
– O Fies ofertará vagas sem juros para os estudantes que tiverem uma renda per capita mensal familiar de até três salários mínimos. O aluno começará a pagar as mensalidades conforme o limite de sua renda, o que poderá diminuir consideravelmente os encargos. Esta modalidade contará com uma chamada única e lista de espera.
– Já o P-Fies é destinado aos candidatos com renda per capita mensal familiar de até cinco salários mínimos. A modalidade funcionará com recursos dos Fundos Constitucionais e de Desenvolvimento e, ainda, com os recursos de bancos privados participantes do programa. Nesta modalidade, não haverá lista de espera, mas apenas chamada única.
“O Fies é uma importante ferramenta pública para auxiliar os estudantes de baixa renda a acessarem o ensino superior privado. Entretanto, caso não haja a aprovação, é importante saber que existem outros financiamentos na iniciativa privada para dar este suporte”, explica Rafael Baddini, sócio-diretor do PRAVALER, maior fintech de soluções financeiras para educação no Brasil.
Todos os estudantes que participaram do Enem (a partir de 2010) podem se inscrever nos programas de financiamento diretamente pelo portal oficial do Fies. É preciso, porém, ter obtido média aritmética das notas nas provas igual ou superior a 450 pontos e uma nota superior a zero na redação. O resultado das aprovações no financiamento será divulgado em 26 de fevereiro
Após a pré-seleção e pré-aprovação em qualquer das modalidades, os estudantes deverão comparecer à Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA) para validar suas informações pessoais em até cinco dias úteis e comparecer a um agente financeiro — como banco — em até dez dias, com a documentação exigida e especificada previamente. Para os alunos do P-Fies, também será necessário se apresentar ao Agente Financeiro Operador de Crédito escolhido pelo programa após a disponibilização do documento de regularidade de inscrição (DRI) ou equivalente, munido de documentações complementares, caso sejam exigidas.
Em caso de reprovação por não formação de turma, os estudantes devem ficar atentos às alternativas. Em ambas as modalidades, os candidatos poderão ser pré-selecionados ou pré-aprovados na melhor opção disponível dentre as escolhas de curso, turno ou local de oferta que possuírem vagas disponíveis, respeitando a prioridade das inscrições, procedimentos e prazos definidos no edital.
Os candidatos que não forem selecionados no Fies entrarão na lista de espera de vagas que não forem preenchidas. A pré-seleção destes estudantes será realizada entre os dias 28 de fevereiro e 31 de março.
Mudanças para o segundo semestre
O Ministério da Educação (MEC) já anunciou mudanças nos dois programas. A partir de 2021, o Fies exigirá que o estudante atinja nota acima de 400 na redação do Enem, além do mínimo de 450 pontos na prova múltipla escolha. Além disso, o estudante que desejar pedir transferência de faculdade precisará ter alcançado a nota de corte do curso ao qual pretende ir.
Em contrapartida, a partir do segundo semestre deste ano, o P-Fies será mais brando em seus requisitos, eliminando a exigência do Enem e acabando com o limite de renda para participação no programa. Com as mudanças, o P-Fies se desvincula do processo seletivo do Fies e permite que os estudantes façam inscrições durante o ano todo.
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