VEJA AS FOTOS DE TODOS ENVOLVIDOS NOS MENSALÕES
José Dirceu repetiu o esquema do mensalão na Petrobras, diz procurador
Ex-ministro foi detido em Brasília e será levado para a superintendência da PF no Paraná; prisão é preventiva
Em coletiva de imprensa para detalhar as prisões efetuadas nesta segunda-feira (3) na 17ª fase da Operação Lava Jato, o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima afirmou que o ex-ministro José Dirceu “repetiu o esquema do mensalão” na Petrobras.
“A responsabilidade do José Dirceu é evidentemente, aqui, como beneficiário, de maneira pessoal, não mais de maneira partidária, enriquecendo pessoalmente”, disse Santos Lima.
José Dirceu foi preso pela Polícia Federal (PF) em Brasília nesta segunda-feira (3). Além do ex-ministro, foi preso também o irmão dele, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva. Os investigadores querem saber se a empresa em que ambos eram sócios, a JD Consultoria, prestou serviços a empresas que desviaram dinheiro da Petrobras.
Entenda: Polícia Federal prende José Dirceu na 17ª fase da Operação Lava Jato
Nesta nova fase, a PF cumpre 40 mandados judiciais, sendo três de prisão preventiva, cinco de prisão temporária, 26 de busca e apreensão e seis de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento. A operação foi batizada de Pixuleco, em alusão ao termo utilizado para nominar propina recebida de contratos.
Na coletiva de imprensa, o procurador Santos Lima afirmou não ter ainda uma estimativa do valor total da propina nesse esquema, mas que foi pedido o bloqueio de R$ 20 milhões dos bens de cada um dos envolvidos.
Segundo o procurador, José Dirceu aceitou a indicação de Renato Duque para diretor da Petrobras e, a partir dali, organizou a recepção de propinas de empreiteiras. De acordo com Santos Lima, as delações de Milton Pascowitch e Julio Camargo ajudaram a provar a culpa de José Dirceu.
O ex-ministro teria recebido valores enquanto era acusado no mensalão e enquanto já estava preso. “A prisão e a investigação ‘não inibiram a sua atuação’, disse o procurador, justificando o seu pedido de prisão.
O delegado da PF Márcio Adriano Anselmo afirmou que a investigação tem a comprovação de pagamentos mensais feitos a José Dirceu e pessoas ligadas diretamente a ele e citou as empreiteiras Camargo Correa, OAS, Engevix, UTC como pagadoras de propina.
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