Mesmo pertencendo ao partido do presidente, esses peemedebistas avaliam que “não cabe à Câmara tomar o lugar do Judiciário”
Dos 11 deputados federais do PMDB fluminense, quatro votarão, amanhã, a favor de que o Supremo Tribunal Federal investigue o presidente da República Michel Temer (PMDB), acusado de corrupção na delação da JBS.
São eles: Celso Pansera, Laura Carneiro, Pedro Paulo Carvalho e Sergio Zveiter. Mesmo pertencendo ao partido de Temer, esses peemedebistas avaliam que “não cabe à Câmara tomar o lugar do Judiciário”.
Um deles argumenta: “O Parlamento não condenará ou absolverá o Temer. Apenas pode autorizar que o processo siga ao STF, que vai analisar as provas. O Temer pode inclusive vir a ser absolvido pelo Supremo”.
Com apoio de Paes
O voto de Pedro Paulo Carvalho favorável à investigação pelo STF tem o aval do ex-prefeito Eduardo Paes (PMDB), padrinho político do deputado.
Fazendo as contas
Seja como for, Temer se livrará de ser julgado pelo STF — ao menos desta vez. Tem mais que os 171 votos necessários para embarreirar a investigação. Ocorre que a votação de amanhã é o teste de fogo para avaliar a governabilidade. Se tiver menos de 250 votos, mostra que não tem força para aprovar projetos de lei importantes, como o da Reforma da Previdência.
Cada dia é um dia
Mas a vitória no round de amanhã não significará paz. A cada dia, Temer reza para que não surja nenhum fato novo.
Saúde precária
O setor de emergência do Instituto Municipal Philippe Pinel, em Botafogo, fechou. A prefeitura diz que não pôde contratar médicos para a unidade por conta de restrição relacionada à Lei de Responsabilidade Fiscal (o chamado limite prudencial de gastos). Casos que envolvam urgência psiquiátrica serão encaminhados para a Coordenação de Emergência Regional da Barra (o anexo do Lourenço Jorge) e para a Policlínica Rodolpho Rocco, em Del Castilho.
LRF: corte no essencial?
Seja sob que pretexto for, cortes em áreas como Saúde e Educação soam, para a coluna, como inexplicáveis.
Pezão bateu o martelo
Chegou ao fim a queda de braço dos deputados estaduais Gustavo Tutuca (PMDB) e Pedro Fernandes (PMDB). O primeiro levou a melhor e será nomeado secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Social. A publicação será feita no Diário Oficial de amanhã. De saída da pasta, Fernandes preferia outro nome para sucedê-lo.
Recuperação em casa
Presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB) deixou anteontem o hospital após retirar, dia 18, a bexiga e a próstata para tratar um câncer.
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