Ao final da carreata, o presidente criticou mais uma vez as medidas de restrição e afirmou que os direitos de ir e vir da população ‘não podem ser usurpados’
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou na manhã deste domingo, 23, de uma carreata de motociclistas na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O presidente foi até a Avenida Salvador Allende, bem em frente ao Parque Olímpico, onde aconteceram as Olimpíadas de 2016, e conduzindo uma motocicleta, acompanhado de uma pessoa na garupa, puxou a carreata.
A “motociada”, que começou na Barra da Tijuca seguiu até o Monumento dos Pracinhas, no Aterro do Flamengo, na Zona Sul, causou aglomeração na cidade. Ao fim do passeio, Bolsonaro discursou em um carro de som. Em seu pronunciamento, o presidente criticou mais uma vez as medidas de restrição decretadas pelos governadores para conter a propagação do coronavírus. “Sem qualquer comprovação científica, decretaram lockdown. Hoje, vocês já sabem o que é uma democracia e o que é uma tentativa, um início de uma ditadura patrocinada por esses governadores”, afirmou.
Bolsonaro ainda acrescentou que o “seu exército brasileiro” jamais irá para a rua fazer com que a população fique em casa. “O meu Exército Brasileiro, a nossa Polícia Militar e a nossa Polícia Rodoviária Federal. É obrigação nossa lutar por liberdade, democracia e realmente fazer com que o nosso país mude.
Podem ter certeza, nós juramos dar a vida pela pátria. O nosso exército são vocês. Mais importante do que o poder Executivo, Legislativo e Judiciário é o povo brasileiro”, declarou. “Estamos prontos, se preciso for, para tomar todas as medidas necessárias para garantir a liberdade de vocês. Nós temos o sagrado direito de ir e vir. Temos o direito de trabalhar, temos o direito de professar a nossa fé, de ir às igrejas e nos encontrar com Deus. Esses direitos não podem ser usurpados”, acrescentou Bolsonaro. Durante a fala, os presentes comemoravam aos gritos de: “Eu autorizo”.
“Não é ameaça, jamais ameaçarei qualquer poder. Mas, como eu disse, acima de nós, dos três poderes, está o primeiríssimo poder, que é o povo brasileiro. Nós fazemos tudo para que a vontade popular seja realmente efetivada.” Segundo ele, a manifestação fornece “oxigênio, responsabilidade e autoridade para poder agir” em nome do povo. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello estavam acompanhando o presidente.
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