Dos 13 ministros anunciados pela Presidente Dilma, no inicio da noite do dia 23, no Palácio do Planalto, 8 estão envolvidos em escândalos políticos e alguns estão sendo investigados.
CID GOMES – Ministério da Educação
Possível envolvimento com a operação Lava Jato
A Revista “ISTOÉ” detalha relação entre Cid Gomes e delator de corrupção da Petrobrás.
Reportagem da revista IstoÉ, com o título “Unidos pelo petróleo”, fala sobre as relações entre o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, delator de esquema de corrupção na estatal e o governador do Ceará, Cid Gomes. A semanal – que na edição anterior revelou que Cid também havia sido citado por Costa em depoimento, como um dos beneficiários do esquema – desmente a versão do político cearense de “nunca haver estado com ele na vida”.
“Suas explicações iniciais, porém, foram desmontadas em pouquíssimas horas. No mesmo dia da publicação da reportagem de ISTOÉ, pipocaram nas redes sociais fotografias de encontros e eventos em que Paulo Roberto Costa e Cid Gomes aparecem lado a lado. Numa das imagens, o delator e o político cearense demonstram intimidade. Sorriem um para o outro. Uma dessas fotos foi tirada no dia 10 de junho de 2008 no Palácio de Iracema, antiga sede do governo do Ceará. Na imagem, Cid está sentado à cabeceira de uma ampla mesa de reuniões, tendo Costa imediatamente a seu lado”, diz trecho da reportagem.
A revista detalha negócios fechados entre o governador e o então diretor de Abastecimento da Petrobras, como o projeto da refinaria Premium II, “anunciada com pompa pelo governo do Ceará como a futura maior refinaria de petróleo do mundo com produção de 300 mil barris por dia e investimentos estimados em R$ 11 bilhões”.
“Foi apenas o primeiro de muitos encontros entre Cid e Costa. Os dois estiveram juntos participando de reuniões para tratar de negócios privados, mesmo depois de Costa ter deixado a Petrobras em abril de 2012. Em maio de 2013, ambos trataram de um projeto pessoal do delator e ex-diretor de Abastecimento da estatal: a instalação no Estado de uma mini refinaria de petróleo. Em 17 de janeiro deste ano, Costa esteve em mais um encontro com Cid. Na reunião, o governador do Ceará lhe prometeu uma área de dez hectares no Complexo Industrial e Portuário de Pecém”, informa a semanal.
GILBERTO KASSAB – Ministério das Cidades
Denuncia de envolvimento na Máfia do ISS. Cobrança de propina para emissão de certificado de quitação do Imposto sobre Serviços (ISS).
Segundo depoimento de testemunha ao Ministério Público, o ex-prefeito Gilberto Kassab havia recebido fortuna da empresa Controlar, responsável pela inspeção veicular, e que o dinheiro ficou guardado em seu apartamento.
A testemunha relatou fatos que teriam sido narrados por Ronilson Bezerra, apontado como líder da máfia do ISS. Ele afirmou que Kassab pediu ajuda ao empresário Marco Aurélio Garcia, irmão do secretário de Estado e Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Garcia, para levar o dinheiro até uma fazenda em Mato Grosso.
A testemunha relatou estreita ligação entre Kassab e os fiscais da máfia do ISS. Disse que o escritório que os fiscais da máfia freqüentavam, no largo da Misericórdia, centro da Capital, chamado de “ninho” era usado por Kassab antes de a máfia ocupar o imóvel.
JACQUES WAGNER – Ministério da Defesa
VEJA detona esquema de corrupção que beneficiou Jacques Wagner e outros
Dalva Sele, Dona de ONG conta como milhões de reais destinados à construção de casas foram desviados para políticos do PT na Bahia. Entre os beneficiados estão um senador, dois deputados federais, o atual candidato a governador e um ex-ministro do governo Dilma
Dalva revelou como o Instituto Brasil – uma ONG que ela dirigia – desviou mais de 6 milhões de reais do Fundo de Combate à Pobreza para as campanhas eleitorais do PT.
Disse Dalva:
“O Instituto Brasil sempre serviu como um banco para o partido do PT. Com os recursos de convênios para a construção de casas populares, a gente empregava as pessoas do PT, dava apoio aos militantes que estivessem passando por dificuldades e alimentava as campanhas.”
Alguns escândalos do governo Wagner
Escândalo nº 1:
Governo de Wagner contrata ONG de aliado para fornecer mão de obra à saúde
O governo da Bahia firmou contratos sem licitação na área da saúde com uma ONG ligada a um aliado político do governador Jaques Wagner (PT), no valor de R$ 272 milhões. Os contratos para o fornecimento de mão de obra médica foram assinados entre a Secretaria Estadual da Saúde e a Fundação José Silveira, no período de 2007 a 2011. Só neste ano é que foi feita uma licitação, vencida pela mesma fundação.
Escândalo nº 2:
O governo de Wagner envolvido no lobby para trocar o sistema BRT pelo VLT.
Os governadores Wagner (PT-BA) e Silval Barbosa (PMDB-MT) capitanearam o lobby para que nas cidades de Salvador (BA) e Cuiabá (MT) pudesse ser trocado o BRT (ônibus em corredores exclusivos) por sistemas mais caros e demorados, como metrô e VLT, o Veículo Leve sobre Trilhos.
Essa mudança foi o que originou o escândalo envolvendo o então ministro das Cidades, Mário Negromonte. O círculo do peculato e da corrupção fecha-se quando se sabe que Negromonte seria afilhado político de Jacques Wagner, responsável por sua escolha.
Escândalo nº 3:
O Governador Wagner contrata ONG por 13 milhões para dar palestra sobre o pré-sal
O governo de Jaques Wagner é um dos mais envolvidos com gastos escandalosos e obscuros. Só como exemplo, o governo chegou a gastar R$ 13 milhões para que uma ONG ministrasse palestras sobre o pré-sal no interior do Estado, sem que se conheça em quais locais foram ministradas tais palestras.
Escândalo nº 4:
Convênio com ONG no valor de 17,9 milhões para construir unidades habitacionais nunca entregues.
A ONG Instituto Brasil, firmou com a Sedur um convênio no valor de R$ 17,9 milhões para a construção de 1.120 unidades habitacionais em 18 municípios. O coordenador do Movimento Sem Teto da Bahia, João da Hora, pediu à Assembleia para investigar a não construção de 400 casas na região de Irecê.
Escândalo nº 5:
Sistema de licitação na Bahia onde só ganha a Odebrecht, OAS e Camargo Correia.
No curioso ’sistema de licitação’ da Bahia, sempre Odebrecht, OAS e Camargo Corrêa ganham. E todos os projetos acabam (se acabam) com atrasos, erros técnicos e aumentos astronômicos no orçamento final, sem punições.
Escândalo nº 6:
A esposa de Wagner é funcionária fantasma do TJ-BA. Com salário de quase 14 mil reais
Além de Maria De Fátima Carneiro De Mendonça, a primeira-dama do estado da Bahia, também aparece o nome de Maria das Mercês Carneiro de Mendonça. Diante do alto salário de Maria das Mercês, que tem o mesmo sobrenome da esposa do governador Jaques Wagner, a pergunta que precisa ser respondida pelo chefe do Executivo Estadual é se elas são irmãs ou não. Ou se existe algum grau de parentesco.
1. Maria de Fátima Carneiro de Mendonça (enfermeira, esposa de Jaques Wagner). Locação: Coordenação de Assistência Médica – Salvador. Cargo: Assessora de Supervisão Geral. Salário: R$ 14.632,88 (Bruto).
2. Maria das Mercês Carneiro de Mendonça. Locação: Coordenadoria da Infância e da Juventude -Salvador. Cargo: Técnico nível superior. Salário R$23.702,72 (Bruto). Salário de um Desembargador R$ 23.995,40.
Escândalo nº 7:
O nome de Jacques Wagner foi citado na operação Porto Seguro
Alvo da ação, a chefe de gabinete da presidência, Rosemary Noronha, fez a ponte para uma reunião entre Wagner e o empresário Alípio Gusmão, conselheiro da Bracelpa, entidade que reúne os produtores de papel e celulose. Alípio Gusmão está preso.
Escândalo nº 8:
Wagner cria cartão corporativo para pagamentos de pequenas despesas.
A criação do Cartão Governo, o cartão corporativo do estado, para substituir às contas de suprimentos e para o pagamentos de pequenas despesas, cujo convênio foi firmado pelo governador Jaques Wagner com o Banco do Brasil, é mais uma fonte de desvio de recursos nunca explicados, a começar pela falta de transparência no uso destes cartões.
Sob o argumento de “segredo de Estado”, o governo Wagner utiliza os mesmos métodos do governo federal governo que se diz republicano, democrático e transparente, usa um método pouco confiável e nada transparente para efetuar pagamentos do governo e cujos gastos não podem ser acompanhados pelo Legislativo. Além do pagamento de contas nada ortodoxas, os cartões corporativos ainda permitem saques em dinheiro, que não deixam rastro dos gastos.
Escândalo nº 9:
Entrega da saúde Pública a exploração das ONG’s
ONG’S – este é outro escândalo que precisa ser averiguado, quais interesses estão escondidos por trás deste jogo. Não se entende o Estado investir na construção de hospitais, equipá-los e depois num jogo de carta marcada entregar a sua “exploração” a ONG’s ou Instituições amigas, repassando fortunas a estas organizações que se bem administrada pelo Estado teria muito melhor resultado.
KATIA ABREU – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Três das empreiteiras envolvidas nos escândalo da Petrobrás também fizeram doações generosas para as campanhas eleitorais no Tocantins, Entre os candidatos tocantinenses a maior beneficiada foi a senadora Kátia Abreu (PMDB), sozinha ela ficou com 64% de tudo que as construtoras doaram.
Kátia Abreu, também responde desde outubro inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por falsificação de selo público. A Confederação Nacional da Agricultura (CNA), presidida pela senadora, é suspeita de emitir demonstrativos de débitos e contribuições sindicais em papel timbrado com o brasão da República, informa a reportagem.
EDSON EDINHO COELHO ARAÚJO – Secretaria de Portos
Edinho é alvo do inquérito que apura crimes contra licitações. TJ-SP Comarca de São José do Rio Preto.
Edinho é alvo também da ação de execução fiscal movida pela Fazenda Estadual, das ações de improbidade administrativa movidas pelo Ministério Público Estadual
ELISEU PADILHA – Ministério de Minas e Energia
Ex-Ministro de FHC Eliseu Padilha foi réu no escândalo dos Precatórios do período de entre 1997 a 2001, sob Inquéritos 2097 (corrupção passiva), 3552 (peculato), 3580 (crimes praticados por funcionários públicos contra a administração em geral).
O Supremo Tribunal Federal voltou a discutir se casos de improbidade devem entrar para a Justiça comum ou se devem ser reconhecidos como foro privilegiado, julgados diretamente pelo STF. A vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko, manifestou-se contra o foro privilegiado.
Após o STF decidir essa questão, o ex-ministro do governo de Fernando Henrique Cardoso voltará a ser réu da acusação de prejuízo aos cofres públicos, por acordo celebrado entre o extinto DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem) e a empresa 3 Irmãos. O caso culminou no Escândalo dos Precatórios, em que um grupo de lobistas e funcionários públicos recebiam propina para favorecer pagamento de indenizações milionárias pelo DNER, sem qualquer base jurídica, furando a longa fila dos precatórios.
HELDER BARBALHO – Secretaria de Aquicultura e Pesca
Segundo o Globo, o novo titular da Pesca, Helder Barbalho, responde a processo por improbidade administrativa na Justiça Federal do Pará.
Filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), o candidato derrotado ao governo do Pará em outubro é investigado por irregularidades na aplicação de recursos do Ministério da Saúde em Ananindeua entre janeiro de 2004 e junho de 2007, quando era prefeito do município.
A acusação alega que não ficou comprovado o gasto de R$ 2,7 milhões nas gestões de Helder e de seu antecessor, Clóvis Manoel de Melo Begot, que também é investigado.
Os principais escândalos envolvendo a família Barbalho:
A revista Veja mantém em seus arquivos virtuais – à disposição de qualquer internauta que interessar – uma página denominada “Rede de Escândalos” que elenca os principais escândalos envolvendo figurões da República em casos escabrosos de
corrupção e crimes financeiros contra o Estado. Não é necessário pesquisa minuciosa para encontrar casos de grande repercussão na imprensa nas últimas décadas protagonizados por políticos que têm o mal hábito de meter a mão no alheio. Vergonhosamente, o único paraense a integrar esse time de primeira linha de saqueadores de dinheiro público é Jáder [e toda a família Barbalho] que se locupletou dos cargos públicos que ocupou em benefício próprio para erguer o império financeiro e de comunicação, este último usado exclusivamente para manipular informações e enganar o povo paraense para se dá bem na política.
Petrobras: Jader Barbalho é citado na Operação Lava Jato
Matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo cita o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) como um dos políticos de influência direta no cartel instalado dentro da Petrobras. O peemedebista aparece como um dos nomes por trás das indicações sobre a divisão das obras da estatal ao grupo fechado de empreiteiras. A reportagem apresentou um e-mail que circulou pela empresa em dezembro de 2008, antecipando a maioria das acusações contra a Petrobras que surgiram agora na Operação Lava Jato. A mensagem, de um funcionário anônimo, que se autointitula O Vigilante, menciona o nome de Jader ao lado do político que indicou Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento, José Janene (PP-PR), morto em 2010 por problemas cardíacos. “Pobres diretores, tornaram-se escravos do Janene, do Jader Barbalho”, diz. A reportagem afirma ainda que não conseguiu localizar nenhum assessor do senador paraense para comentar essa acusação.
Processos de Jader Barbalho:
Inquérito 1332 – Crime contra a administração pública, peculato
Inquérito 1830 – Crime contra o sistema financeiro nacional, obtenção de financiamento mediante fraude
Inquérito 2051 – Crime contra a administração pública, desvio de verbas e organização criminosa
Inquérito 2052 – Crime contra a administração pública, peculato
Ação Penal 339 – Crime contra o sistema financeiro nacional, evasão de divisas
Ação Penal 374 – Crime contra a administração pública, desvio de verbas, organização criminosa, lavagem de dinheiro
Petição 3149 – Natureza não informada
EDUARDO BRAGA – Ministério de Minas e Energia
No Supremo tramitam as investigações envolvendo parlamentares federais e outras autoridades. Por isso, também corre na corte inquérito contra o senador Eduardo Braga, novo ministro de Minas e Energia. Ele é suspeito de ter cometido crime eleitoral quando governava o Amazonas ao enviar 15 policiais militares, em dois aviões fretados a Parintins (AM), para fazer a segurança pessoal do candidato à prefeitura que apoiava.
Operação Albatroz
Eduardo Braga é citado em relatório sobre as investigações de licitações fraudulentas no Amazonas.
O governador do Amazonas, Eduardo Braga (PPS), é citado em relatório da Polícia Federal como “grande interessado nos negócios” envolvendo fraudes em licitações no Estado de 2002 a 2004.
Braga é citado em diálogos telefônicos interceptados pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, nas investigações da Operação Albatroz, que apura desvios de R$ 500 milhões em licitações públicas no Estado.
MP no Amazonas inclui Eduardo Braga (PMDB-AM) em quadrilha
O escândalo
O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), fez parte de um grupo acusado pelo Ministério Público Federal no Amazonas de “prática de peculato, formação de quadrilha, crimes contra as licitações e falsa perícia”. A notícia foi dada pela “Folha de S. Paulo” em 14. Mar.2012.
O caso foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em janeiro de 2012 e, na época de publicação da reportagem, estava sob análise da Procuradoria-Geral da República.
Os supostos crimes teriam relação com a desapropriação de um terreno durante o período em que Eduardo Braga foi governador do Amazonas (2003-2010). Além de Braga, outras 8 pessoas fariam parte do esquema, mas o Ministério Público não identificou quem especificamente é acusado do quê, informou a “Folha”.
Arthur Virgílio exibe dossiê com denúncia contra Braga
O senador Arthur Virgílio Neto (PSDB) vai se encontrar nesta quarta-feira (24) com o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, para entregar documentos e um DVD que denunciam a existência de um suposto esquema de corrupção comandando pelo governador do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB).
Na noite desta terça-feira, o governador Eduardo Braga denunciou o que chamou deplano para desestabilizar a candidatura de seu vice, Omar Aziz (PMN), à Prefeitura de Manaus. Segundo ele, o material apresentava denúncias “caluniosas e levianas” contra sua administração e sua família.
Na manhã desta quarta, Arthur Virgílio exibiu o material na Câmara Municipal de Manaus. O tucano embarcou na tarde desta quarta-feira para Brasília acompanhado da arquiteta Renata Barros, esposa (em processo de separação) do empresário Rosinei Barros, que, segundo ela, é sócio do governador Eduardo Braga em um esquema de distribuição de combustível para órgãos públicos do Estado e em outras transações. Rosinei é um dos maiores empresários do setor no norte do país.
Em um dos trechos do vídeo, Renata narra um episódio em que Braga teria espancado sua esposa, Sandra Braga, obrigando-a a fazer uma cirurgia plástica fora do Amazonas “para evitar um escândalo”. Além disso, numa gravação com mais de 20 minutos de duração, Renata Barros, dizendo-se amedrontada pelas ameaças do marido, apresenta documentos de transações financeiras entre seu marido e pessoas, que segundo ela, são “laranjas” do governador Braga. A gravação teria sido feita para garantir sua segurança.
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