Nesta quinta (14) é lembrado o Dia Mundial do Doador de Sangue
14 de junho de 2018
 

A médica hematologista Nadia Misael, da Aliança Instituto de Oncologia, fala sobre benefícios, importância e tipos de doação

Nesta quinta-feira (14/06) é lembrado o Dia Mundial do Doador de Sangue. A data, criada em 2014, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tem o objetivo de agradecer o empenho dos doadores voluntários e conscientizar o público em geral sobre a falta de doadores por todo o mundo. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), o hemocentro recebe anualmente cerca de 70 mil candidatos a doação de sangue, aproximadamente 2,3% da população do DF, acima da média do Brasil que tem 1,8% de doadores.

Dados recentes, mostram que no Brasil, 1,8% da população doa sangue, número que está dentro dos parâmetros, de pelo menos 1%, mas longe da meta da OMS, de 3% da população doadora.

A médica hematologista Nadia Misael, da Aliança Instituto de Oncologia, afirma que a doação pode trazer diversos benefícios. “Para o doador, o benefício é saber que sua saúde está adequada e que sozinho o mesmo irá conseguir recuperar a quantidade de células doadas. Além de ajudar alguém que está necessitando muito desta do sangue, para sair da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), realizar uma quimioterapia ou se recuperar de uma cirurgia”, aponta.

De acordo com Nadia há dois tipos de doação, por aférese ou doação de sangue total. A modalidade mais comum é a doação de sangue total, na qual, é retirado cerca de 400 a 450 ml de sangue. Neste tipo, o doador não entra em contato com o anticoagulante, diferente da aférese. Essa doação é rápida, dura menos de 10 minutos, com poucos efeitos colaterais.

Menos comum, na doação por aférese o sangue do doador é processado em uma máquina, para isso, é utilizado um anticoagulante. “Nesta modalidade, é retirado um grupo específico de células, apenas as plaquetas ou hemácias”, explica.

Segundo a médica, essa doação demora um pouco, cerca de uma hora ou mais, a depender do acesso venoso do paciente. Ela acrescenta que existe o retorno para o doador de anticoagulante, por isso, alguns pacientes podem ter alguns efeitos colaterais desta medicação. São candidatos a doação por aférese os doadores frequentes com bom acesso vascular.

Nadia destaca que para realizar a doação de sangue é necessária uma entrevista prévia para avaliação da saúde do doador, que precisa ter entre 16 e 69 anos e ainda pesar mais de 50 quilos. “Não é necessário jejum para a doação de sangue”, finaliza.