Segundo o presidente do Sintraturb, Sebastião José, abaixo assinado cobrando dos empresários do setor o cumprimento de um acordo firmado no TRT em fevereiro já tem 12 mil assinaturas
Insatisfeitos com a falta de reajuste salarial e com atrasos no pagamento do ano passado, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio de Janeiro ameaçam paralisar o serviço por tempo indeterminado. Segundo o presidente do Sintraturb, Sebastião José, um abaixo assinado cobrando dos empresários do setor o cumprimento de um acordo firmado no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em fevereiro já tem 12 mil assinaturas.
“Esperávamos resolver esse impasse do dissídio salarial de 2017 na última audiência no TRT, mas infelizmente a falta de vontade dos representantes do setor é cada vez mais notória. Eles não estão preocupados com a categoria e nem com as consequências que isso pode trazer para a população, já que a insatisfação e descrédito dos motoristas e cobradores com o patronal é cada vez maior”, ponderou Sebastião.
“Em todo todo esse tempo de sindicalismo nunca a categoria ficou com mais de 2 anos sem reajuste e, dependendo do resultado da assembleia, existe sim a possibilidade de uma paralisação geral e por tempo indeterminado”, acrescentou o presidente do Sintraturb, que explicou que a categoria pede aumento de 10% no salário, cesta básica e plano de saúde.
No próximo dia 4, o sindicato vai realizar uma assembleia geral em sua sede buscando resolver as questões. Outro problema em pauta é a dupla função, em que o motorista exerce também a função de cobrador. Em dezembro do ano passado, o prefeito Marcelo Crivella sancionou uma lei que proíbe a dupla função, mas o sindicato reclama da falta de regulamentação.
“Ficamos sem entender o porque da demora mesmo depois da lei ter sido aprovada na Câmara Municipal, o prefeito demorou tanto para regulamentá-la; com isso os empresários tiveram tempo para entrar na justiça e suspender a lei. Na nossa opinião, o prefeito falhou em não cumprir sua própria decisão”, explicou Sebastião José.
Fonte: O DIA
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