Agências recrutadoras apontam aumento de ofertas de estágio
29 de julho de 2018

Vagas oferecidas pela internet estão em crescimento. Nube estima 22.500 chances. Super Estágio aponta alta de 23% no setor de tecnologia

Estudantes que estão à procura de estágio têm boas perspectivas no segundo semestre. De acordo com as agências que recrutam candidatos para empresas, a tendência é de aumento de oportunidades nos próximos meses. Segundo o Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), serão 22.500 novas vagas no país até setembro, um crescimento de 8,8% em relação ao mesmo período de 2017. Já a Super Estágios, que inicia o mês de agosto com 1.500 chances no Estado do Rio, projeta um aumento de 23% de vagas no setor de tecnologia. O Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) e a Fundação Mudes também apontam cenário mais otimista que o verificado no ano anterior.

Em todas essas agências, os candidatos podem cadastrar currículo e se candidatar às vagas pela internet, além de obter dicas e participar de cursos. O serviço é gratuito. Para Eva Buscoff, gerente de treinamento do Nube, o aumento de vagas no segundo semestre se deve à necessidade de reposição nas empresas, que tiveram que enxugar o quadro de funcionários em anos anteriores. “Elas estão mais confiantes. E um dos pontos que observamos é a preocupação em repor os estagiários que faziam parte da equipe”, defende.

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Mas há uma ressalva: “Ainda assim, o número de vagas está em saldo negativo se compararmos com 2014, que teve 24 mil oportunidades no período”, diz Eva.

DIREITO, TI E INFORMÁTICA

As agências recrutadoras apontam as áreas de Direito, Tecnologia da Informação e Informática como as mais requisitadas nas empresas. “São áreas que estão presentes em qualquer companhia, de pequeno, médio e grande porte”, diz Poliana Ferraz, presidente da Super Estágios. Segundo Sueli Fernandes, da Fundação Mudes, as vagas de estágio acompanham a de cargos efetivos: “Elas são reguladas pelo crescimento dos segmentos de mercado”.

BOM PORTUGUÊS

O domínio do idioma, tanto na escrita quanto na fala, é a principal deficiência dos candidatos nos processos seletivos, segundo Eva Buscoff, do Nube. Ela ainda sugere que o estudante treine falar em público diante do espelho ou de amigos e familiares: “É preciso exercitar ainda a escuta ativa, com atenção total no interlocutor, sem desvios”.

COMPORTAMENTO

Para Paulo Pimenta, superintendente do Ciee/Rio, a maior preocupação das empresas se refere ao comportamento. “É preciso ter atitude profissional, saber trabalhar em grupo e respeitar a hierarquia”, diz.

SINCERIDADE

Sueli Fernandes chama atenção para mentiras no currículo: “O recrutador logo percebe”. No site www.mudes.org.br, há 200 novas vagas por semana.

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