Aumento entra em vigor nesta sexta
A Petrobras anunciou que, com o reajuste que entrará em vigor nesta sexta-feira, o preço médio do litro da gasolina A sem tributo nas refinarias sobe 0,87% para R$ 1,7115, em relação à média atual, de R$ 1,6968. Já o valor médio nacional do litro do diesel A terá acréscimo de 1,66% para R$ 1,9874, ante a média atual, de R$ 1,9549.
Especialistas dão dicas na hora de abastecer
Com o preço dos combustíveis cada vez mais altos, escolher entre a gasolina comum e a aditivada pode ser um grande dilema. Essa é uma dúvida bastante comum entre os motoristas e alguns acreditam que a gasolina com aditivos é sempre a melhor escolha. Porém, apesar de ter benefícios adicionais, ela é mais cara e seu uso pode não ser indicado em algumas situações, como em percursos de longa distância.
Na capital fluminense, o preço entre a gasolina comum e a aditivada pode ter uma variação de até 40%. Portanto, antes de escolher a opção mais adequada, é importante entender os benefícios de cada tipo de combustível e como eles se comportam no carro.
Segundo especialistas ouvidos pelo DIA, a gasolina comum é o combustível puro (chamado de tipo A), misturado a uma proporção de 27,5% de álcool e aditivos que aumentam a resistência à queima (octanagem).
Limpeza do motor
A gasolina aditivada apenas difere da comum pela presença de uma espécie de ‘sabão’, que é um aditivo com função detergente ou dispersante, capaz de limpar o motor, já que o combustível comum deixa resíduos ao longo do tempo. Estas pequenas partículas acumulam-se no interior do motor, atrapalhando o desempenho e interferindo na vida útil do componente.
Segundo Pedro Lion, engenheiro de produto da Cobli, startup especializada em gestão de frotas, telemetria e roteirização, uma boa dica é utilizar a gasolina aditivada uma vez a cada quatro abastecimentos totais do tanque. “Essa prática vai manter o motor funcionando bem ao evitar o acúmulo de resíduos no interior dos cilindros”, indica o especialista.
Custo-benefício
No trânsito caótico de grandes cidades como o Rio, o ‘anda e para’ é comum. Nestas situações, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) recomenda o abastecimento constante com gasolina aditivada para manter o motor sadio em condições desgastantes. Além disso, o tipo de combustível apresenta consumo reduzido nessas condições e emite menor quantidade de poluentes.
Em casos de mudança de combustível, os especialistas sugerem que carros abastecidos sempre com gasolina comum devem passar por um processo de adaptação antes de começar a utilizar a gasolina com aditivos. “Ela remove as impurezas e, se elas estiverem acumuladas, podem se soltar e entupir os bicos de injeção. Por isso, o indicado é ir substituindo a gasolina aos poucos, para que a sujeira seja diluída lentamente”, explica Amanda Franco, gerente técnica do Laboratório de Combustíveis e Derivados de Petróleo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Labcom/UFRJ).
Em estradas e situações onde o trânsito é livre e a velocidade alta, a gerente indica o uso da gasolina comum. Isso porque, com a rotatividade do combustível, não haverá tempo para que ela envelheça e acumule sujeira no motor.
Porém, antes de levar em consideração o valor, os especialistas indicam uma consulta ao manual do veículo, que informa o total de aproveitamento em relação à potência do motor. “Quando respeitamos a orientação do fabricante quanto à octanagem ou a aditivos que devem conter no combustível, a chance de ter problemas com o motor é bem menor”, diz Lion.
Com informações do Estadão Conteúdo
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