A dificuldade financeira ocasionada pela crise econômica da qual o Brasil está passando atingiu diretamente boa parte dos municípios brasileiros. A queda da arrecadação de impostos e também a diminuição drástica dos repasses federais e estaduais para os municípios resultou num desiquilíbrio sem precedentes nas contas públicas.
Os municípios de Itaguaí, Seropédica e Paracambi encontraram enormes dificuldades para honrar seus compromissos trabalhistas perante os pagamentos de seu funcionalismo. No caso de Itaguaí, desde 2012, ainda na “era Mota” a cidade vive num drama mensal, já nos casos de Seropédica e Paracambi, o drama bateu a porta nesse mês de agosto.
Mangaratiba ainda é o único município da região a manter seus compromissos financeiros em dia.
O fator principal desta crise iniciou com o governo do Estado do Rio de Janeiro com os repasses dos royalties petróleo onde criou uma séria crise econômica, que ameaça áreas importantes como Saúde, Educação e Segurança.
Entre os motivos apontados, alguns, como a questão do preço do petróleo, são superáveis. A baixa arrecadação de ICMS, IPTU e, contudo, é fruto de uma ausência de infraestrutura, principalmente na periferia metropolitana, que afasta empresários e o aumento da produtividade.
A baixa arrecadação de IPTU nos municípios e o desemprego causado em várias áreas, tem diminuído a arrecadação. Muitas empresas e comerciantes tem fechado suas portas devido à pouca circulação de dinheiro. A crise afeta 87 das 92 cidades que recebem o recurso. Entre elas estão São Gonçalo, Duque de Caxias, Campos dos Goytacazes, Nova Iguaçu e Niterói. O repasse incrementava entre 40% e 65% de cada orçamento.
Outros municípios mais atingidos com a perda são Cabo Frio, Rio das Ostras, Angra dos Reis, Casimiro de Abreu e Quissamã. Neles, há suspensão de investimentos, redução de contratos e corte de salários e de horas-extras dos servidores.
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