No Rio, vinte municípios têm potencial para concessões que podem melhorar a oferta e a qualidade dos serviços oferecidos. E na Baixada Fluminense, Itaguaí e Nilópolis foram as cidades mapeadas
Baixada Fluminense, 8 de dezembro de 2017
Levantamento do Sistema FIRJAN aponta que a concessão de serviços de saneamento básico para o setor privado pode atrair R$ 7,5 bilhões em investimentos para o estado do Rio, até 2033. O estudo “Saneamento no estado do Rio de Janeiro – Cobertura e oportunidades de investimentos” aponta que as concessões dos serviços de água e esgoto podem ser feitas em 20 municípios fluminenses, entre eles Itaguaí e Nilópolis.
A Federação avaliou 70 cidades, onde vivem 96,6% da população estadual, com informações do IBGE e do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) de 2015 – últimos dados disponíveis relativos aos municípios. Não foram analisadas 22 cidades que não disponibilizaram informações. O estudo mostra que 1,2 milhão de cidadãos fluminenses não possuem acesso à rede de abastecimento de água e que 5,6 milhões não contam com coleta de esgoto. Além disso, 65,8% do volume produzido de esgoto não é tratado.
O abastecimento de água chega a 92,6% da população fluminense. Com relação à coleta de esgoto, 66,4% da população fluminense analisada tinha acesso ao serviço. Já o percentual de tratamento do esgoto é bem menor: apenas 34,2% do que é produzido no Rio de Janeiro é tratado. Na Baixada Fluminense, 88,2% da população têm acesso ao serviço de abastecimento de água e 62,7% ao de coleta de esgoto. Apenas 7,4% do total de esgoto produzido na região são tratados.
Com base no Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), o Sistema FIRJAN considerou como meta, para os municípios fluminenses, o atendimento de 100% dos domicílios com abastecimento de água e 96% com coleta e tratamento de esgoto, até 2033. Para isso, a FIRJAN estima que os municípios demandem investimentos de R$ 20,1 bilhões para cumprir as metas a longo prazo. O valor corresponde à necessidade de se investir R$ 1,3 bilhão por ano no período, valor 56% superior ao investimento anual médio no estado entre 2011 e 2015 (R$ 809,4 milhões).
Atualmente, onze municípios fluminenses têm potencial de concessão conjunta dos serviços de água e esgoto, com necessidade de R$ 7,49 bilhões. Na Baixada Fluminense, foram mapeados Itaguaí e Nilópolis, que demandariam um investimento de cerca de R$ 413,3 milhões. Outros nove têm potencial para concessão dos serviços de água, que, juntos, necessitariam de um investimento de R$ 59,5 milhões.
A FIRJAN defende que, como o poder público passa por cenário de escassez de recursos, ampliar a participação do setor privado pode destravar os investimentos em saneamento. Além de contribuir para o atingimento da meta para 2033, as concessões ajudariam na melhoria da oferta e da qualidade dos serviços, na geração de empregos e na injeção de recursos nos municípios fluminenses.
O estudo “Saneamento no estado do Rio de Janeiro – Cobertura e oportunidades de investimentos” pode ser acessado através do link http://ow.ly/t6Zj30gTiE0 .
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