A Equipe do Seropédica OnLine foi visitar um local esquecido no tempo e cuja história já foi repleta de arte e beleza: O Monumento Rodoviário da Rodovia Presidente Dutra, localizado na Serra das Araras mais precisamente no quilometro 225 sentido Rio de Janeiro no Município de Piraí, estado do Rio de Janeiro.
O monumento é estabelecido em uma área de mais de 54 mil metros quadrados de construção arquitetônica no estilo Art Déco e contava com um farol de 54 metros de altura. Já comportou um restaurante nos seus dois primeiros níveis de construção do qual existiam quatro painéis do Artista Plástico Candido Portinari, medindo 0,96 por 7,68 metros que tinha como tema “A construção de uma Rodovia” em alusão à abertura da Via Dutra. Os painéis foram retirados em Outubro de 2000 e levados para o Museu de Belas Artes do Rio.
Na área externa do monumento, há oito baixos-relevos, em que figuras sobrelevam o plano que lhes serve de fundo, de autoria do escultor francês Freyhoffer, narrando a evolução dos meios de transporte no Brasil desde a época da escravidão, se perdem com os intempéries da natureza. Em seu pátio podem ser observados vestígios de que um dia tudo já foi um belo jardim com chafariz, onde até hoje existem bancos posicionados em uma área que proporciona uma bela vista no Belvedere.
Hoje o monumento se encontra abandonado e deteriorado pelo tempo, sem vigia, podendo servir para o uso indevido de qualquer pessoa que esteja passando pelo local.
Segundo o Jornal “O Dia” em matéria de 03/06/2014, ressalta que Órgãos não assumem a restauração:
O farol foi construído pelo Touring Club. Há três anos, depois de relatório da Gerência Regional de Patrimônio da União, relatando o abandono da obra, o Ministério Público Federal recomendou a restauração da estrutura, de responsabilidade da União, ao governo federal, por sua “relevância para a história nacional”.
A mesma recomendação foi feita à Nova Dutra (hoje CCR Nova Dutra), que explorou o monumento por vários anos e o devolveu depredado em 1998 ao extinto DNER, atual Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e ao Instituto Estadual de Patrimônio Cultural (Inepac), que em 1990 tombou provisoriamente o monumento. Nenhum dos órgãos, que divergem sobre a responsabilidade da restauração, acatou a recomendação até hoje.
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