Mistério, Fazenda de Cadaveres
28 de julho de 2015

O assunto que trataremos a seguir poderia tranquilamente estar se referindo a um filme de terror sinistro, porém, por mais insano que pareça, é bem real. Acontece que nos Estados Unidos a existência de fazendas para cadáveres, chamadas “fazendas de corpos” (ou body farms, no idioma original) é comum.

O motivo? Avanços científicos – os cadáveres são deixados a céu aberto, para que entrem em processo de decomposição naturalmente e possam ser observados por estudiosos da área. Tais cadáveres chegam até lá por meio de doação.

Adapt Link Internet - Black Friday

Apesar de parecer loucura, essas pesquisas são de extrema importância para que os especialistas da área sejam capazes de afirmar com precisão em que data ocorreu a morte de uma pessoa, apenas observando seu aspecto físico.

O Texas abriga a maior fazenda de corpos conhecida, denominada Freeman Ranch, contando com 16 hectares de terra, onde se espalham cerca de 50 cadáveres. Enquanto ainda frescos, os corpos possuem uma aparência inchada e horripilante, no entanto, depois de passado um certo tempo restam duas opções para o destino dos cadáveres: ou eles passarão por um processo de mumificação, ou serão atacados e devorados por abutres, o que acontece com alguma frequência.

As pesquisas realizadas em Freeman Ranch têm obtido bons resultados, tanto é que os pesquisadores têm utilizado os resultados obtidos para auxiliar na identificação de pessoas que morreram por desidratação ou ataques cardíacos após cruzar a fronteira dos Estados Unidos.

fazenda esqueleto

freeman-ranch-body-farm1

O antropólogo Daniel Wescott declarou que o único objetivo com tais pesquisas é entender melhor o processo de decomposição. Ele afirma que existem miniecossistemas ocorrendo nos corpos durante tal processo, e o desejo dos pesquisadores é entender isso por completo.

Mas não pense que essa coisa de estudar o processo de decomposição é algo novo, pelo contrário, o primeiro estudo sobre isso foi iniciado no século 13, pelo juiz Song Ci. Na sequência, em 1800, diversos pesquisadores europeus iniciaram observações mais detalhadas e estudos mais profundos sobre o assunto, aperfeiçoando cada vez mais os conhecimentos nessa área.

Nos anos 70, os cientistas forenses também estudavam o processo de putrefação, porém utilizando carcaças de porcos. A observação de cadáveres humanos em deterioração, nas chamadas fazendas, ainda era tabu nessa época e não havia sido realizada por nenhum pesquisador.

A primeira fazenda de corpos veio a ser fundada somente na década seguinte, por William Bass, o que foi um grande passo para melhorar as investigações policiais acerca de assassinatos, apontando com maior precisão há quanto tempo a vítima estaria morta. Ainda assim, existem muitos fatores a serem estudados com mais detalhes, como as alterações causadas nos cadáveres por meio de influências naturais, como o calor e a umidade.

cadaveres

Embora possa parecer um pouco estranho utilizar-se do corpo de outro ser humano para desenvolver pesquisas, é preciso levar em consideração os benefícios que tal prática pode trazer. A fazenda de corpos é misteriosa e macabra, mas tem um bom propósito para existir.

freeman-ranch-body-farm-3

cadaveres

Área de comentários

Deixe a sua opinião sobre o post

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Comentário:

Nome:
E-mail:
Site: