Chegou as Ferias, um Alerta sobre Pipas
24 de julho de 2015

Nesta matéria especial do Seropédica Online vocês verão varias fotos de acidentes com Pipas que mutilou e matou pessoas.

Nessa época do ano, com os ventos mais fortes, é comum a prática de uma brincadeira muito tradicional entre as crianças e adolescentes, que é a de empinar pipas. Porém, se certas regras não forem respeitadas, acidentes podem acontecer.

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É bem antiga a prática de empinar as pipas, que também tem o nome de raia, arraia, papagaio, califa, pandora, quadrado e outros. Foi inventada pelos chineses como instrumento de guerra, servindo inicialmente para alertar os batalhões chineses quanto à presença de exércitos inimigos na grande muralha.

O brinquedo é bem simples e popular (é comum em qualquer cidade ou bairro ver inúmeros no céu), feito de varas de bambu e papel de seda, que, unido a uma rabiola, de papel ou de plástico, perambula pelo céu, fixada no cabresto por uma linha resistente ou barbante.

Quando a pipa está com sua linha ao natural ela apresenta perigos maiores para as crianças que estão brincando, pois exige que ao brincar, o olhar e a atenção estejam voltados para o alto, e um segundo de distração pode gerar um acidente, como cair de lugares altos (árvores, muros, casas, torres) e atravessar na frente dos carros e serem atropeladas.

Mas há uma maneira dessa brincadeira se tornar ainda mais perigosa: é a pratica de colocar cerol (mistura geralmente de cola com vidro em pó ou finos de metais) na linha para a linha ficar cortante e derrubar as demais pipas.

A prática de aplicar cerol à linha pode transformá-la em uma arma letal, caso corte, por exemplo, o pescoço de um motoqueiro ou ciclista. Também há o risco de cortes do próprio “empinador” do brinquedo se cortar e das pessoas que correm e disputam quem pegará as pipas desprendidas das linhas que caem.

Mas os perigos do uso do cerol não se limitam a cortar alguém na rua. O cerol também é um condutor de energia e se a linha pega na rede elétrica, a pessoa que está empinando a pipa pode morrer eletrocutada. Com o pó metálico é ainda pior.

Para brincar tranqüilo, sem o perigo de ferir alguém, só com barbante de algodão. Nem os fios de nylon (de pesca) são indicados, pois corta tanto ou mais que o próprio cerol.

Para uma maior segurança da prática da brincadeira, o Corpo de Bombeiros dá algumas dicas:

 

  • Nunca soltar pipa perto de antenas, postes e fios elétricos, porque podem se machucar seriamente;
  • Preferir locais abertos como parques ou campos;
  • Nunca empinar pipas em lugares altos, como telhados ou lajes. De tanto olhar para cima, a criança pode tropeçar e cair;
  • Brincar de soltar pipa em dias de chuva é muito perigoso devido aos raios. Só faça isso quando o tempo estiver bom;
  • Jamais utilize linha metálica, como fio de cobre de bobinas;
  • Também não faça pipas com papel laminado porque o risco de choque elétrico é grande;
  • Tente soltar pipa sem rabiola, como as arraias. Na maioria dos casos, a pipa prende no fio por causa da rabiola;
  • Se a pipa enroscar em fios, não tente tirá-la. É melhor fazer outra. Nunca use canos, vergalhões ou bambus;
  • Ao correr atrás das pipas, muito cuidado com o trânsito. Tenha atenção especial com os motociclistas e ciclistas. A linha da pipa pode ser perigosa para eles.
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