Na próxima quinta-feira, dia 13 de fevereiro, a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, em Seropédica/RJ, irá receber autoridades, representações e especialistas para debater os caminhos para a universalização do saneamento da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O Seminário “Confluir”, realizado pelo Comitê Guandu-RJ, vai acontecer no salão azul da universidade, das 9h às 17horas.
Segundo o Diretor Geral do Comitê Guandu-RJ, Paulo de Tarso Pimenta, não só a crise do abastecimento motivou o seminário. O evento já estava previsto no Plano Estratégico de Recursos Hídricos do Comitê Guandu-RJ. “O nosso plano hoje é o documento mais completo em relação a bacia. Além de panorama atual, ele descreve os caminhos e o planejamento para a universalização do saneamento e nesse sentido, já previa um diálogo inter-setorial sobre o abastecimento da região metropolitana”, explicou o diretor.
Carlos Pessoa, Engenheiro Ambiental da Agenersa; Hélio Vanderlei, Diretor de Segurança Hídrica e Qualidade do INEA; Miguel Alvarenga Fernandez, Presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental; José Arimathea Oliveira, Pró-Reitor do IRFJ e Coordenador Geral do Fórum Fluminense de Comitês de Bacias; Luiz Antonio Neves, prefeito de Piraí e presidente da Associação de Municípios do Estado do Rio e; os professores e pesquisadores Jerson Kelman (COPPE/UFRJ), Rosa Formiga (UERJ) e Décio Tubbs (UFRRJ), serão uns dos painelistas do seminário. “A ideia do Comitê, ao transformar sua plenária em um seminário aberto, é debater propositivamente e buscar soluções para o abastecimento do grande Rio de Janeiro”, completou o diretor geral do colegiado.
Os profissionais serão divididos em dois painéis: “Gestão das águas: da nascente à torneira – qual o nosso papel?” das 9 às 12 h e; “Caminhos da água: quais as soluções para o abastecimento do Rio de Janeiro?” das 13h30 às 17h. O evento é aberto e toda sociedade pode participar. Décio Tubbs, Pesquisador da UFRRF, considera o evento como uma oportunidade para lançarmos um novo olhar para um problema antigo. “Desde o início do problema, reuniões e eventos foram realizados para discutir o fato, mas a verdade é que o problema é recorrente e de causas conhecidas, reflexo de décadas de falta de gestão e vontade política. Desta vez, teve maiores impactos e repercussões. Agora a população tomou conhecimento de parte dos riscos, mesmo não sabendo quanto o sistema de abastecimento é vulnerável. Mesmo assim, ainda não vi um movimento político no sentido de, de fato, resolver o problema. Por isso ele precisa ser debatido”, comentou Décio Tubbs, que também é membro do Comitê.
A ideia do Comitê em realizar esse evento é traçar caminhos, soluções e firmar um compromisso que englobe todos os atores em prol do abastecimento público. Esse objetivo é compartilhado pelos painelistas: “gostaria de tirar deste evento um documento que exija dos atores no mínimo um cronograma para mudarmos esse panorama. É importante traçarmos metas”, comentou o pesquisador da UFRRJ.
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