O local é empobrecido de animais nativos
Nesta segunda (20) e na próxima terça-feira (21), uma ação conjunta de pesquisadores da UFRJ e UFRRJ, em parceria com o corpo técnico do ICMBio, do RioZoo e do Instituto Conhecer para Conservar, vai libera 14 cutias no Parque Nacional da Tijuca.
“A floresta do Parque Nacional da Tijuca passou por um processo de desmatamento e posterior reflorestamento que a transformou em uma floresta vazia, com poucos animais em seu interior”, disse Fernando Sousa, diretor Institucional e de Sustentabilidade do Grupo Cataratas e do Instituto Conhecer para Conservar. “A reintrodução de espécies ajuda a devolvê-las a áreas onde tinham sido localmente extintas. Nós temos o compromisso com a conservação deste patrimônio”, completou.
Criadas soltas e convivendo ao lado dos visitantes do RioZoo e do Campo de Santana, as cutias ficaram em quarentena dentro do RioZoo, onde foram monitoradas pelas equipes de veterinários e biólogos, que realizaram exames para atestar a sua saúde.
“Ao serem reintroduzidas na natureza, as cutias terão o importante papel de restabelecer as interações ecológicas perdidas com a defaunação. As cutias têm papel fundamental na dispersão das sementes e ajudam a manter a floresta de pé”, explica Catharina Kreischer, bióloga e pesquisadora do Refauna.
Após a soltura, as novas moradoras do parque serão acompanhadas por radiotelemetria e, futuramente, poderão ganhar a companhia de outros animais, como bugios, jabutis e araras.