Objetivo do projeto é combater a desinformação e informar a população
O conhecimento científico é um forte aliado para enfrentar a pandemia do novo coronavírus. Na Baixada Fluminense, pesquisadores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) desenvolveram um laboratório virtual para informar a população sobre o vírus e o seu avanço. A Baixada é uma das regiões mais atingidas pelo Covid-19 no estado.
Com uma proposta interdisciplinar, que conta a participação dos cursos de história, geografia, direito e ciência da computação – o projeto tem a participação de professores e estudantes do Programa de Pós-Graduação em Humanidade Digitais da UFRRJ.
Dentro do laboratório é possível ver o avanço do vírus, especialmente na Baixada Fluminense, além de um blog com informações diárias que destaca as medidas de prevenção para a população e os artigos escritos pelos professores através das leituras de dados.
Neste cenário, combater as notícias falsas – as famosas fake news – também se tornou um papel da universidade pública, conforme explica pró-reitor e um dos organizadores do projeto, Alexandre Fortes.
“A nossa preocupação é que tem circulado uma quantidade muito grande de notícias falsas, informações inconsistentes, essa questão das fake news. A comunidade científica tem um papel fundamental não apenas no desenvolvimento de métodos de prevenção e tratamento da pandemia, mas também no tratamento dos dados que subsidiam as políticas públicas e o comportamento social”, frisou.
O site pode ser atualizado através do link: https://www.ppgihd-open-lab.com/
CASOS E MORTES POR COVID-19 NA BAIXADA
Com os dados dos boletins da Secretaria Estadual de Saúde, a cidade de Duque de Caxias apresenta o maior número de óbitos na região, um total de 16. Entre quinta e sexta, o município teve um pico em mortes, saltando de 8 para 15, um aumento de 88%. Esse efeito assustador têm relação direta com as medidas restritivas nos comércios, que foi aplicado tardiamente pela gestão municipal.
Já Nova Iguaçu registra 96 casos confirmados – o maior dados na região – e cinco óbitos. Logo após, Belford Roxo (47), São João de Meriti (36), Mesquita (30), Magé e Nilópolis (20), Queimados (16) e Guapimirim e Japeri (3).
Mesmo com os decretos municipais restringindo as atividades não essenciais, a população ainda insiste em sair das ruas. Nossa equipe de reportagem registrou nos últimos dias pontos de aglomerações de pessoas nos comércios, o que, na prática, contraria as determinações das autoridades de saúde.
EU RIO
