Estudante de Letras da UFRRJ, Jochen Ferreira, de 24 anos, sumiu no último domingo, em Sulacap
Uma carta de despedida deixada em seu quarto, sobre a mesa do computador, foi o último contato que universitário Jochen Ferreira Filho, de 25 anos, fez com a família, antes de desaparecer, na manhã do último domingo, após sair de casa, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio. “Despeço-me de todos, com o coração torturado e cheio de pesar. Adeus (Sic)”, escreveu o estudante.
A motivação do sumiço ainda é desconhecida. Contudo, de acordo com familiares, o estudante estava, nos últimos dias, apresentando mudanças de comportamento e demonstrando, aparentemente, ter entrado em um quadro de depressão. Estudioso, Jochen teria ficado frustrado após obter resultado negativo em um concurso, apesar do apoio irrestrito da família.
Formado em Direito, Jochen está cursando Letras, na Universidade Federal Rural do Rio de janeiro (UFRRJ). Ele estuda com afinco, há alguns anos, para ser aprovado em concursos públicos e ajudar no sustento da família. O sumiço repentino do universitário deixou familiares e amigos perplexos.
“Além de estudioso, meu irmão é muito caseiro. Tem poucos amigos. Seu passatempo são os livros e o convívio com a família. Nunca ficou fora de casa sem avisar, não toma remédios controlados, tampouco faz uso de drogas ou bebidas. Estamos abalados e contamos com apoio dos nossos amigos para encontrá-lo”, disse a psicóloga Thayná Cristine Ferreira, de 24 anos.
Buscas mobilizam familiares e amigos
Familiares e amigos realizam buscas na região e fazem mobilização na Web. Além de hospitais, abrigos e praças da região, eles foram a institutos de medicina-legais, mas ainda continuam sem pistas sobre o paradeiro do universitário Jochen Ferreira. Quando saiu de casa, o estudante estava usando calça jeans, camisa quadriculada vermelha, casaco azul marinho e tênis branco. Ele deixou o aparelho celular e carteira em seu quarto.
Câmeras serão analisadas
O caso foi registrado na 33ª DP (Realengo) e será encaminhado à Delegacia de Descobertas de Paradeiros (DDPA). Câmeras de residências, condomínios e comércios da região estão sendo analisadas. Policiais realizam diligências na região, ouvem familiares e testemunhas. Informações sobre o paradeiro do estudante podem ser repassadas ao Disque-Denúncia (2253-1177).
Em janeiro e fevereiro deste ano foram registrados 676 desaparecimentos, no Estado do Rio de Janeiro, de acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP).
Fonte: O DIA
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