EQUOTERAPIA TEM AJUDADO MUITAS CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS EM SEROPÉDICA
15 de fevereiro de 2017

Na reunião realizada nesta ultima quarta-feira (15), entre o Centro Interdiciplinar de Equoterapia da UFRRJ e a representante da Secretaria de comunicação Turismo e Eventos da Prefeitura Municipal de Seropédica Sra. Bianca Souza. O Professor de Equoterapia e de Educação Física da UFRRJ José Ricardo da Silva Ramos, falou da dificuldade na realização da Equoterapia com as crianças especiais. José Ricardo lembrou que esse trabalho já vinha sendo realiado desde 2013 no CAIC Paulo Dacorso Filho. 

O professor explicou que o Centro Interdisciplinar de Equoterapia da UFRRJ tem interesse em atender as pessoas com necessidades especiais do município de Seropédica através de uma parceria com Prefeitura de Seropédica. A Equoterapia é uma área de saber que utiliza o cavalo com profissionais da saúde, educação e equitação para o trabalho reabilitacional, educativo e terapêutico de pessoas com diferentes tipos de deficiências, transtornos do desenvolvimento, síndromes ou problemas de aprendizagem.

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A Equoterapia da UFRRJ que vem atendendo desde o ano de 2013 as crianças especiais do município têm oferecidos sessões equoterápica todas as quintas feiras no picadeiro do CAIC Paulo Dacorso Filho. A intenção é aumentar o número de atendimentos, compondo a ampliação de mais sessões equoterápica, programas de equitação, esporte adaptado com cavalos junto com os profissionais da área da saúde e da educação do município de Seropédica.

Além do atendimento, a Equoterapia da UFRRJ pretende oferecer cursos de formação em Equoterapia para os profissionais da saúde e educação com a orientação dos Professores Doutores do Curso de Veterinária, Zootecnia, Psicologia, Educação Física, Engenharia Agronômica e Pedagogia da UFRRJ.

Acreditamos na reciprocidade entre a Prefeitura Municipal de Seropédica e a Equoterapia da UFRRJ. A reciprocidade da comunidade acadêmica, pelos pais, pelas crianças especiais do município de Seropédica, consideramos que o projeto deve continuar, atualmente em forma de parceria no ano de 2017. Isso, para atender “da melhor forma possível” o sujeito com necessidades especiais.

“O Centro Interdisciplinar da UFRRJ começou a partir de numa ação interinstitutos (IE, IZ, IV e IT) da universidade e vem se constituindo na instituição desde o ano de 2013 com recursos da FAPERJ e estabeleceu um patrimônio equoterápico qualificado para um Centro de Equoterapia de excelência. Temos: Carruagem Imperial; Carreta para transporte de cavalos; Selas, mantas e cilhas equoterápica; Cinco cavalos treinados para a Prática equoterápica; Quatro salas para conservar o material de limpeza, ferrageamento, alimentação e saúde do cavalo; Dois galpões para o atendimento equoterápico; Uma sala de recursos no CAIC Paulo Dacorso Filho; Abundante material pedagógico e didático para a criança especial” destaca.

Logo Após a reunião a representante da Secretaria de Comunicação Turismo e Eventos Sra. Bianca, disse: “Estarei levando para o Prefeito Anabal e a Secretária de Educação Sra. Sonia, a reivindicação, através de documento a ser enviado pelo Centro Interdisciplinar de Equoterapia da UFRRJ, para apreciação, assim que tiver a resposta estaremos marcando nova reunião” disse Bianca.

Equoterapia no tratamento de crianças especiais

No final da reunião a equipe do Centro Interdisciplinar de Equoterapia da UFRRJ levou a Sra. Bianca, representante da Comunicação da Prefeitura, para conhecer o espaço do novo galpão, os animais, e equipamentos para o uso nas sessões equoterápicas.

Curiosidades da Equoterapia

“A equo, hipo ou equinoterapia é um método terapêutico que conta com os recursos fornecidos pelos cavalos para realizar abordagens nas áreas de saúde e educação do indivíduo”. Explica Gabriele Brigitte Walter, fisioterapeuta, psicóloga e instrutora de equitação.

A atividade nasceu na Europa e foi regulamentada como prática terapêutica em 1970, na Alemanha.

“Através do cavalo, o praticante da equoterapia desfruta de uma terapia de autoconhecimento, auxiliado pelo movimento tridimensional rítmico do andamento do animal, que imita a cadência do andar do ser humano”, destaca os especialistas.

Gabriele explica que isso acontece porque a equoterapia envolve uma participação global do corpo, trazendo diversos benefícios, como o desenvolvimento do tônus e da força muscular, o relaxamento e a conscientização do próprio corpo.

Também promove o equilíbrio, o aperfeiçoamento da coordenação motora, a atenção, a autoconfiança e a autoestima. Gabriel é a prova disso.

O garoto de 10 anos de idade tem paralisia cerebral e faz equoterapia já há 7 anos. “Como ele não anda, pois não tem a estrutura na coluna, isso o ajudou muito na parte do equilíbrio. Ele senta bem melhor e desenvolveu consideravelmente a parte motora”, explica sua irmã, Mônica Bela, acrescentando que o contato com o animal também fez muito bem a Gabriel.

Como é uma sessão?

Cada terapia é diferente porque se adapta às necessidades de cada criança. Ao começar, o instrutor estabelecerá uma série de metas a cumprir, que podem ser de motricidade, de linguagem ou ambas.

No começo, é possível notar avanços muito pequenos, mas é a espontaneidade que fará valer todo o esforço.

A especialista Gabriele lista as principais Atividades Assistidas por Equinos (AAE), que englobam todos os recursos oferecidos pela equoterapia:

  • Terapia assistida por equinos (TAE): as metas terapêuticas são colocadas em função das necessidades do praticante, incorporando atividades que envolvam os cavalos;
  • Hipoterapia: abordagem física, ocupacional ou fonaudiológica, que utiliza o movimento do cavalo. É utilizada sobretudo para o desenvolvimento físico do paciente;
  • Hipoterapia por tandem: o terapeuta monta o cavalo junto com o praticante para facilitar ou permitir sua mobilidade;
  • Horsemanship terapêutico: é uma atividade voltada para estudantes, que estimula a superação de desafios de autoconhecimento emocional, social e de qualidade de vida;
  • Equitação terapêutica: inclui disciplinas de montaria tradicional ou adaptada e é voltada a ações de ordem psicológica;
  • Volteio interativo: similar ao horsemanship, envolve atividades sobre o cavalo ao passo, trote ou galope. Oferece oportunidade de movimento, atividade educacional e social, além de estimular a criatividade. É indicada para pessoas de diferentes faixas etárias e necessidades;
  • Competição: individual ou em times, a equoterapia enquanto esporte funciona como um instrumento de incentivo para aumentar o potencial dos praticantes;
  • Reabilitação vocacional: são atividades no ambiente equestre que podem incluir readaptação e exploração vocacional. Voltada para adolescentes ou adultos, estimula que o participante trabalhe em grupo e desenvolva algumas competências, como atenção, disciplina, higiene e obediência a regras;
  • Psicoterapia Facilitada por Equinos (PFE): psicoterapia experimental que inclui alimentação, escovação, trato, manejo, trabalho a pé ou montado, atrelagem e volteio de equinos. É indicada para o tratamento da saúde mental.

Interessou-se? Já existem diversos locais do Brasil que oferecem esse tipo de serviço. Para encontrar o mais próximo, a dica é consultar o portal da Associação Nacional de Equoterapia (ANDE-BRASIL), que reúne todos os centros de equoterapia filiados à associação.