Brasil teve décadas perdidas com esquerdismo e estatismo
10 de dezembro de 2019

Em relatório, Onyx Lorenzoni afirma que Bolsonaro precisou tirar “mais de 400 milhões do orçamento que iam pra saúde, educação e segurança para pagar juros de empréstimos que o PT fez”

Divulgado nesta segunda-feira (9), pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o novo ranking global do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) revelou que o Brasil é o segundo pior país em relação à desigualdade de renda. Atualmente, 28,3% de toda a renda dos brasileiros está com apenas 1% da população.

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Diante dos números, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, colocou a responsabilidade nas mãos do PT. Pelo Twitter, ele apresentou um relatório elaborado pelo governo de Jair Bolsonaro em resposta aos dados da Organização das Nações Unidas (ONU). O documento afirma que o Brasil teve “décadas perdidas com esquerdismo e estatismo”.

O relatório apresentado por Onyx aponta que os altos investimentos do PT em educação não se justificam porque os gastos públicos desse período foram muito elevados e mal planejados. Os dados mostram que “o elevadíssimo gasto público não foi convertido em desenvolvimento e qualidade de vida para a população”.

Na publicação, Onyx disse que Bolsonaro precisou tirar “mais de 400 milhões do orçamento que iam pra saúde, educação e segurança para pagar juros dos mais de 17 bilhões de dólares em empréstimos que o PT fez pros amiguinhos”. Consultado pelo Pleno.News, o economista Fábio Guimarães, formado pela UFRRJ e com MBA em Gestão de Negócios pelo IBMEC-RJ, explica que todos os governos precisam pagar milhões de reais por ano em juros da dívida pública, a chamada “rolagem da dívida”.

– Talvez o ministro Onyx esteja se referindo a quantidade de recursos públicos que foram ofertados a empresas brasileiras que fizeram obras no Brasil e no exterior, algumas com suspeitas gravíssimas de irregularidades, como as obras do Porto do Sauípe, em Pernambuco. Dentre estas obras internacionais com suspeitas de fraude, temos o Porto de Mariel, em Cuba, hidrelétricas no Equador, metrô no Panamá e Venezuela. Esses recursos, não recebidos de volta, geraram custos financeiros altíssimos, dinheiro que sai do orçamento único da União e que realmente poderia ser investido em políticas públicas que deveriam melhorar a qualidade de vida do brasileiro, em especial nos setores de saúde, educação e segurança.

Uma das pautas importantes do governo Bolsonaro, a reforma da Previdência é um importante indicador para os investidores que querem gerar emprego e renda no país, de acordo com Fábio Guimarães. O economista afirma que tal movimentação “sinaliza para uma política de governo com responsabilidade nos gastos públicos, importante para a dinamização econômica de uma nação”.

O relatório de desenvolvimento humano apresentado pelo Governo Federal ainda critica “o aparente sucesso econômico de meados da era petista”. De acordo com o documento, isso foi resultado de mera obra do acaso externo, devido ao boom dos comodities (produtos produzidos em escala e que podem ser estocados sem perda de qualidade, como petróleo, suco de laranja congelado, boi gordo, café, soja e ouro).

– O boom das comodities, não só no Brasil como em toda a América Latina, ajudou muito no crescimento econômico e, por conseguinte, no indicativo de geração de renda, um dos três componentes de mensuração do Índice de Desenvolvimento Humano. Países como China e Índia cresceram a taxas altíssimas durante quase uma década e demandaram produtos como petróleo e metais em quantidades astronômicas. Isso gerou um adicional de renda nestas regiões que dificilmente acontecerá novamente nos próximos anos. Vale destacar que, mesmo com a desigualdade na distribuição de renda nestas regiões, houve aumento na renda das pessoas mais pobres também – conclui Fábio.

Fonte: Pleno News