Intercambistas da UFRRJ participam de reunião com o reitor
O sonho de estudar no exterior vai se tornar realidade para 28 estudantes da UFRRJ. Selecionados em quatro editais lançados pela Coordenadoria de Relações Internacionais e Interinstitucionais (Corin), os estudantes de graduação vão cursar um semestre em universidades europeias e latino-americanas. O grupo foi recebido, na tarde de quinta-feira (19/9), pelo reitor Ricardo Berbara em seu gabinete.
Os discentes contemplados participaram de quatro seleções deste ano: “Mobilidade Portugal e Espanha”; “Mobilidade internacional em instituições da América Latina e do Caribe”; “Bolsa Ibero Santander”; e “Edital Reari – Utrecht”. O cardápio de universidades é variado, com maior concentração de instituições em Portugal – 16 dos 28 alunos vão para aquele país ibérico. Mas a América Latina também aparece significativamente entre os destinos, com países como Argentina, Colômbia, México, Peru e Uruguai. Além destes nomes mais familiares, destaque para três instituições europeias escolhidas no edital Reari – Utrecht: as universidades de Bergen, na Noruega; de Vilnius, na Lituânia; e de Malta, sediada no país de mesmo nome, localizado no Mar Mediterrâneo.
No encontro, os discentes falaram de suas expectativas e ouviram recomendações do reitor. “É muito importante que formem uma rede de apoio entre vocês. E sempre mantenham contato com a Corin, para o que precisarem”, disse Berbara, que também compartilhou suas próprias experiências internacionais. Para a estudante que vai para a Noruega, o reitor deu conselhos sobre o frio que ela deve enfrentar no primeiro semestre de 2020 — lembrando que ele mesmo já sofreu com o inverno rigoroso de outro país nórdico, a Suécia.
Apoio institucional e inclusão
Presente à reunião, o coordenador de Relações Internacionais e Interinstitucionais da UFRRJ, José Luis Luque, ressaltou que o encontro faz parte do processo de preparação e apoio aos intercambistas. “A Corin desenvolve atividades de acompanhamento dos estudantes. E esta reunião com o reitor é importante para trocar experiências e ouvir a palavra do professor Berbara, que também faz questão dessa interação”, disse Luque.
O coordenador ainda chamou a atenção para o fato de que esta é a segunda edição do programa de mobilidade internacional que conta com recursos institucionais. Em relação ao ano passado, houve aumento no número de alunos contemplados: “Em 2018, tivemos 15 estudantes atendidos pelo edital ibérico (Espanha e Portugal). Neste ano, criamos o edital para América Latina e Caribe e aderimos ao acordo com a Universidade de Utrecht, da Holanda, que seleciona para universidades europeias”.
Outra novidade em 2019 foi a participação de cotistas, que, segundo Luque, tiveram excelente desempenho nas seleções. “Essa reserva para os cotistas é uma forma de promover a inclusão no processo de internacionalização”, concluiu.
Sonhos na bagagem
Apesar de destinos e cursos bem diferentes, os discentes que participaram da reunião com o reitor tinham algo em comum: uma grande expectativa com a internacionalização que, para a maioria, é uma novidade.
Para a estudante de geografia Mariana Nunes Bastos, de 20 anos, a preparação para esse desafio foi fundamental. “Tenho um amigo que não conseguiu no ano passado. Daí, eu peguei essa experiência dele e projetei a minha. E falei: ‘Ano que vem vai sair edital novamente, e eu vou tentar’. Fiquei me preparando durante um ano, participando de eventos, melhorando o meu CR [Coeficiente de Rendimento]”, disse a graduanda do 6° período, que vai fazer intercâmbio na Universidade do Porto, em Portugal. “Sei que vai ser um desafio muito grande ficar sozinha, longe de minha família e amigos. Mas vai ser excelente porque vou estar com muitas pessoas diferentes, em interseção com estudantes do mundo todo”, concluiu.
O aluno de gestão ambiental Yuri Tomaz Martins, de 23 anos, quer trazer na bagagem de volta um conhecimento que possa ser aplicado em sua cidade, Três Rios. “Estou em contato com um professor da Universidade de Bragança, em Portugal, para desenvolver um projeto relacionado a incêndios florestais. Trabalho com esse tema em minha cidade e gostaria de trazer experiências úteis do exterior”, contou o discente do Instituto Três Rios (ITR/UFRRJ).
Já para Marcelle Freitas de Oliveira, de 23 anos, a escolha da fria Noruega não se deu por acaso. “Quando abriu o edital, vi que tinha uma universidade norueguesa. E eu sempre gostei do país e tinha vontade de conhecê-lo. Além disso, a instituição tem área de ciências naturais e de animais. Assim, escolhi como primeira opção”, contou a estudante do 9° período de medicina veterinária. Além de um bom agasalho na mala, Marcelle também vai levar sua qualificação em inglês, idioma corrente para a maioria das aulas voltadas aos intercambistas. Mas ela já começou a arriscar as primeiras frases na língua dos anfitriões: “Fiz aulas online, para conhecer a cultura norueguesa”.
Então… god tur (“boa viagem”, em norueguês) para os intercambistas da Rural!
Fonte: Portal UFRRJ
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