Seropédica comemora nesta quarta-feira 12 de outubro de 2022, 27 anos de emancipação, com a lei 2.446 de 12 de outubro de 1995.
Lei Municipal nº 207 de 26 de Fevereiro de 2003 – Considera Feriado Municipal o dia 13 de Março, dedicado a data histórica da emancipação de Seropédica através de Plebiscito.
A LUTA PELA EMANCIPAÇÃO
Embora num curto espaço de tempo (1986-1995), período de luta travada pelos emancipacionistas de Seropédica. Os governantes do Município de Origem, tudo fizeram para que não saísse à separação. O espaço de tempo aqui citado é em comparação a outros distritos que levaram em torno de 40 anos para alcançarem a independência político-administrativa. Um exemplo que pode ser citado foi o caso de Itatiaia que lutou cerca de 4 décadas para se separar de Resende.
É natural que os prefeitos defendam a integridade territorial de seus municípios, porém, é preciso ser bastante inteligente politicamente para não subjugar a vontade do povo.
A população consciente sobre a emancipação buscou a verdade na legislação; ficou sabendo que todo esse processo independia do prefeito, que as informações eram fornecidas pelo estado, de acordo com a sua Constituição; que o Estado através de suas Instituições é que informaria se Seropédica tinha ou não condições de ter vida própria.
Em 25 de novembro de 1990 lhe é dada a 1ª oportunidade de decidir, sendo o plebiscito (consulta à população diretamente interessada), a última fase do processo. Realizado o 1º plebiscito, a população comparecente não foi suficiente para atingir o quórum estabelecido (metade dos eleitores inscritos na área litigante (50% + 1), faltaram aproximadamente novecentos votos. Era sabido que o povo queria a emancipação, cerca de 90% dos que compareceram (mais de 10 mil eleitores) disseram SIM. O que teria acontecido? Teria sido a vitória do contra! – Não, pois a análise dos resultados mostrava que o povo precisa ser melhor preparado: era necessária uma maior divulgação, de modo que atingisse toda a população. Viveu-se momentos de grande tristeza, pois alguns distritos que concorreram com Seropédica tiveram êxito: era preciso começar tudo de novo e naquele momento.
Surge um novo processo com o mesmo objetivo e, de imediato é protocolado na Assembleia Legislativo do Estado.
Estávamos no final da legislatura iniciado em 1991 e a ansiedade pela marcação do próximo plebiscito era esperada por todos.
Aguardada a autorização do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), organizaram-se comissões de trabalhos, verificaram-se as falhas cometidas e a participação e divulgação foi aberta a todos; convidaram-se inúmeros políticos a darem maiores esclarecimentos sobre emancipações e a legislação pertinente. Teve-se o apoio da Universidade Rural, através dos sindicatos ali organizados (de docente e de funcionários); houve a manifestação das entidades religiosas, os comerciantes, passaram a dar maior credibilidade e até alguns mineradores trouxeram as suas contribuições.
Os veículos de som de alguns parlamentares foram também de especial valia durante a campanha, que foi coroada e exaltada como limpa e democrática. A antecipação desse plebiscito aconteceu surpreendendo o prefeito do município de origem, que ainda em início de governo nada pudera fazer para levar essa consulta para o final do ano, quando melhor poderia dificultar.
Mesmo assim o governante municipal tentou por várias maneiras confundir o eleitorado. 1º tentou a divisão do distrito em dois, tocou obras do km 49, aos 50 da antiga estrada Rio-São Paulo, de modo que, a empreiteira contratada trabalhava diuturnamente. Vendo aquilo, o povo desconfiou… Passando a refletir em cima da parábola: “a esmola quando é demais…” o que por sinal não era esmola e sim obrigação. Na verdade, eram obras oportunistas e de péssima qualidade. Ao aproximar-se o plebiscito marcado para o dia 13 de março de 1994, a máquina administrativa municipal desencadeou uma campanha contra, como nunca se vira antes e em lugar nenhum!
Os funcionários públicos municipais (professores, etc.); os instáveis principalmente, os alunos, os pais de alunos, etc., foram intimidados ao não comparecimento; as penalidades seriam: demissões, transferências, fechamento de escolas, fim da merenda escolar e muito mais. Em algumas localidades eleitores foram impedidos de chegarem ao lugar de votação. Surgiram dezenas de veículos Kombi, conclamando o povo para o não comparecimento e o principal slogan era ‘’ QUEM AMA, NÃO VOTA’’. Essa frase foi de uma infelicidade tamanha, sem procedentes. Mais tarde, o feitiço acabou virando contra o feiticeiro Até uma pesquisa foi encomendada ao IBOPE; o resultado só não foi divulgado, por ter sido favorável aos emancipacionistas (o comparecimento atingiria o quórum e como da vez passada, quase que unanimidade pelo sim) Mas eles maquiavelicamente pós-graduados, tinham ainda alguns trunfos de maldade: 1ª seria na apuração, tudo bem! Seria apurada em Seropédica só 99% dos escrutinadores viriam de fora.
A certeza da vitória era tamanha que isso não foi questionado. E tudo aconteceu como eles haviam previsto; muitos votos foram eliminados, destruídos. Havia um 2º plano, uma arma ainda mais poderosa; se tudo falhasse e não fosse descoberta a tempo, o seu efeito seria devastador. Mas, o dedo de Deus estava ali, em favor do humilde povo Seropedicense que tudo via e assistia com passividade. Graças a algumas pessoas, o tiro acabou saindo pela culatra! Desconfiaram a tempo, o grande número de pessoas falecidas constantes da lista de eleitores. Então, era muito difícil atingir o quórum por mais que fosse o comparecimento. Feito o recurso ao TER dentro do prazo legal! Entre outros, os resultados aos poucos foram clareando e mesmo assim para poucos; uma grande maioria acreditava que resultado algum, só quando o prefeito quisesse. Nós esperávamos que fosse feito justiça; sempre a apregoávamos e nela, sempre acreditamos.
Finalmente em 12 de outubro de 1995 nascia mais uma “criança”. O Governador do Estado do Estado do Rio de Janeiro assinou em praça pública a lei 2.446, criando o Município de SEROPÉDICA.
O Segundo Requerimento
Desta feita, com Zealdo Amaral, foi protocolado imediatamente na ALERJ (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de janeiro), em 1991; de modo a não existir outro processo a interferir no assunto.
Lei nº 2446, de 12 de outubro de 1995 do Rio De Janeiro, cria o MUNICÍPIO DE SEROPÉDICA, a ser desmembrado do MUNICÍPIO DE ITAGUAÍ.
O Governador do Estado do Rio de Janeiro faz saber que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1º – Fica criado o Município de Seropédica, com sede na atual Vila do mesmo nome, formado por todo território do Distrito de Seropédica, desmembrado do Município de Itaguaí.
Art. 2º – O Município de Seropédica, constituído de um único Distrito, é compreendido dentro dos seguintes limites:
1 – COM O MUNICÍPIO DE ITAGUAÍ
Começa na confluência di Rio Guandu Mirim com Rio Guandu, seguindo em linha reta até a ponte da Estrada de Itaguaí à Estrada Rio São Paulo, partindo desse ponto segue pelo córrego da Eufrásia ou Espigão até sua nascente. Deste ponto, segue em reta até a Garganta do Caçador. Daí segue pelos espigões da Serra da Cachoeira e da Viúva da Graça até a Garganta de igual nome, continuando pela Rodovia Presidente Dutra até encontrar a Estrada de Paracambi.
2 – COM O MUNICÍPIO DE PARACAMBI
Começa no entroncamento da Estrada de Paracambi com a Rodovia Presidente Dutra, seguindo por esta até encontrar o Ribeirão das Lages, seguindo por este até a confluência com o Rio Santana, onde, juntos, formam o Rio Guandu.
3 – COM O MUNICÍPIO DE JAPERI
Começa na confluência do Rio Santana com o Ribeirão das Lages, onde juntos, formam o Rio Guandu, seguindo por este até o limite entre os Municípios de Japeri e Queimados.
4 – COM O MUNICÍPIO DE QUEIMADOS
Começa exatamente no limite entre os Municípios de Japeri e Queimados, seguindo pelo Rio Guandu, até os limites entre os Municípios de Queimados e Nova Iguaçu.
5 – COM O MUNICÍPIO DE NOVA IGUAÇU
Começa nos limites entre os Municípios de Queimados e Nova Iguaçu, seguindo pelo Rio Guandu até os limites deste Município com o Rio de Janeiro.
6 – COM MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
Começa nos limites do município de Nova Iguaçu com o Rio de janeiro, seguindo pelo Rio Guandu até a confluência com o Rio Guandu Mirim.
Art. 3º – O Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Rio de janeiro designará a data em que serão realizadas as eleições para Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, assim como a da posse dos Vereadores eleitos.
Várias pessoas foram importantes na emancipação de Seropédica, muitos já morreram e deixaram um legado muito importante para as próximas gerações e administradores do município.
Segue abaixo uma relação de nomes populares de pessoas que estivem conosco, lado a lado na luta pela transformação da Vila de Seropédica, do distrito de Seropédica em Município. Perdão por algumas omissões e saudades aos que já se foram.
Abdias de São Miguel
Abílo Gonçalves
Ademair, professor da Rural
Ademir do km 40
Ademi r do São Miguel
Adilson de açougue
Adilsn do Incra
Afonso do km 40
Agenor da D. Nair
Agenor dos lotes
Agostinho da Real Rio
Aguiar Mota, da Rua do Carmo
Albertino Pinto dos Santos
Alceu Irmão
Alcides da Farmácia Barata
Aldemir, Pastor
Alderir do Piranema
Aldir Cabral
Alemão da Rua 3
Alencar e família
Alício Mofatti
Almir Rangel
Amaro Goulart
Ana Lúcia do km 54 (viúva Graça)
Ângelo Formigão
Anklin do km 40
Antônio da Seropédica
Antônio Português
Aparecida da Rua 3, esposa do Paulo
Araújo do Sítio Boa Esperança
Arimatea, José de
Arnaldo do Ame-Móveis
Aroldo Bananeiro
Aroldo Maluco
Artur da Marquesa
Aurélio do Mercado Seropédica
Aurélio Ferreira Maciel
Barreto da Rural
Batista da Mercearia
Bel, irmã do Álvaro
Bené do Esperança
Bené, policial rodoviário
Benedito do Jardim Maracanã
Benedito Ramos, filho do Tunico
Betinho do açogue
Betinho, irmão do Murilo
Beto do Roberto
Bio do leite
Bordallo Júnior
Bregalda
Cacá (Humberto)
Caetano do Caçador
Carlinho do DNER
Carlinho vendedor de roupas
Carlinhos, contador
Carlinhos do ZAM
Carlinhos lampião
Carlinhos tic-tac
Carlos Domingo da Silva
Carlos Eduardo Rodrigues Alves
Carlos José da Rural
Carlos José Magalhães do km 54
Carneiro do bar da Rua 4
João Castelo
Chaguinha, irmão do João de Deus
Chico Borges
Cícero ao lado do ZAM
Clarimundo
Claudeir
Claudino do Esperança
Cleide Mery Fernandes Nunes
Cleldo, policial rodoviário
Conceição Lúcia de Araújo
Creci da Treusa
Creseo Helker do km 54
Daniel do Horto
Darci da Igreja
Darci de Paula Pereira
Darí, corretor
Davi Mendonça
Davi Pastor
Dedé da Mercearia
Dejalma Ramalho
Délio Leal, Deputado
Demóstene
Derli
Dias da Padaria
Dica Cabral
Dinho da Liga
Dino do Motel
Dinus do Bar
Dádi
Dona Mariana do Cartório
Dona Nair
Doutor Machado
Doutora Iolanda
Durvalino Francisco do km 42
Durvalzinho G. Pereira
Eduardo Pacheco
Eli da Sotrel
Elias Resende
Eliéser da Terezinha
Eliéser, Pastor
Elmo Cabral
Elzinha
Emiliano, pai do Moisés
Escurinho
Eva Moreira da Silva Romano
Expedito Marques
Ézio Cabral
Fabinho, Fazendeiro
Fátima, nora do Tutinha
Faustino
Felinho do frango
Felinho, irmão do Zé Grande
Felipe do Horto
Felon
Fernando do km 54
Flaviano
Foca
Francisco Mota
Geraldo Travassos
Gerson do Bar
Gika
Gilson do km 54
Gilson do Pagode
Gilson do posto
Godofredo do São Miguel
Gonzaga da Cidade Alta
Gonzaga da Rua 7
Hamilton Gonçalves
Haroldo Santos
Heleno
Helton Lourenço
Hemetério
Hércio Xavier
Hércules Xavier
Hindalécio
Hugo do Peixoto
Humberto Barbosa
Hunaldete
Icléia Tunala
Idê e Brito
Irani Q. da Costa
Irene Francine
Irmão Elias
Isacc, policial
Ivam do São Miguel
Ivo Motoqueiro
- Ban
Jane, veterinária
Jamil
Jarrão
Jedrdan
João de Deus
João do Churrasco
João Luiz
João Mendes, da Ecologia
João Neves
João Nogueira do Táxi
João Pequeno
João Siqueira
João Padeiro
Joaquim do Cabral
Joel Amorim
Jorge Borges
Jorge Carlos
Jorge Light
Jorge da Metropolitana
Jorge Pebueno
Jorge Rocha
Jorge Sanfoneiro
Jorgina do cartório
Jorginho
José Carlos, Veterinário
José do Cabral
José Lopes
José Luiz Jacinto
José Maria Cortes
José Petini
José Russo
Josias do km 40
Júlio do Seropédica
Kácia Castelo
Kátia Roberta Moura
Kico do Banco Bamerindus
Kleber do Boi
Kleber Romano
Leite na Vaca
Leixa
Léo Leonardo Pereira da Silva
Leonir, contador
Lindolfo A. de Azevedo
Lon do Sacolão
Lucas do Armazém, km 52
Lucília do Lindolfo
Lúcio do gás
Lúcio Rezende
Luiz da Silva Calderini
Luiz Carlos Chevez
Luiz do Aleixo
Luiz Ramalho
Luiz Rego
Luizão do futebol
Madalena do Raythe
Mala, vizinho do Turinho
Manoel Capemi
Manoel Machado
Marcelo do Cartório
Marcelo do Conjunto Ademair
Marciano do km 54
Márcio Barbosa
Maria da Goiabeira
Maria Elena, mãe do Valtinho
Maria José do Tiãozinho
Mariana do Cartório
Marinho do taxi
Mário Barbeiro
Mário Rangel
Mário, Zé Grande
Marquinho do Zé de Abreu (hoje juiz)
Marum
Massas Vânia
Maurício da Seropec
Maurício Mecânico
Mauro do 30
Mauro do km 54
Miltão da Polícia Rodoviária
Milton Caçador
Milton Formigão
Mirinho
Miro da Aeronáutica
Modesto
Moisés Alves Batista
Moisés do Jardim Maracanã
Moisés Emiliano
Moisés,sogro do Zé Luiz
Mororó
Mosquito
Nair, família do Onofre
Nair Monteiro
Naldo Romano
Naldo Santos
Nando Modas
Narbal do São Miguel
Narciso da Viúva Graça
Nelson Nunes
Nena do Canto do Rio
Nenel do São Miguel
Nézio Garrunchinha
Nilcéia do São Miguel
Nilo Campos, Deputado Estadual – RJ
Niltin Cavalcanti
Nilton Ramos de Souza, do Esperança
Noel de Oliveira, Deputado Federal
Noquinho
Norma do Banco
Núzia Brechó
Oca Cabral
Octávio Firmino Monteiro
Odon do Fogão
Olímpio
Orlando Barbosa
Orlando Cocó
Oscar Goulart
Ostelino Osmir Braga
Osvaldo do Material de Construção
Otacílio da Fazenda Caxias
Otoni Rocha
Padre João
Paulinho da Rural, Parques e Jardins
Paulo Cão
Paulo César Cortes
Paulo Duque, Deputado Estadual – RJ
Paulo da Mapa
Paulo Petini
Peça
Pedrinho da CAUR
Pedrinho, filho do Quina
Pedro da Silva
Pedro Ney da Fazenda
Pina, Policial Rodoviário
Privalino Pereira Rocha
Quina da Rua 3
Raildo Mascarenhas
Raimundo Calixo
Ramalho de Freitas
Regina Moura
Reni Barbosa
Ricardo da Pedreira
Roberto da Farmácia
Rosalene Machado
Rubens Celestino
Rubens do Cabral
Russo, Barbeiro
Salvador do DNER
Scheila Pereira da Silva
Sérgio do Incra
Serra Samuel de Oliveira Damião
Sidinei, Professor
Sílvia, Castelo
Sílvio Romeno de Carvalho
Sílvio Sapateiro
Simário
Sirléia
Telmo, Transtop
Teixeira do Som
Tércio
Tião das Massas Vânia
Tião de Souza do km 52
Tião do Posto
Tão, pai do Mirinho
Tiãozinho do Seropédica
Titinho do 54
Tomás do Horto
Tomás da Pedreira
Tomate do Bamerindus
Turinho, Martelo de Ouro
Turinho, Pescocinho
Valdete Cristina S. de Morais
Valter das Baterias
Valter Perna de Pau
Vanda das Massas Vânia
Vasconselos, Policial Rodoviário
Venilton Rangel
Veriano do Bar
Vilela do km 40
Waldeci do Grêmio
Walter da Padaria
Waltir da Barraca
Wanda Cabral
Washington Terra
Wilson Moura
Zé Alcides, Farmácia Barata
Zealdo Amaral
Zé Barbudo da Farmácia
Zé da Feirinha
Zé da Lídia
Zé do Norte
Zé Galinha, Zé do Agenor
Zé Grande
Zé João
Zé Maria
Zé Pipoca
Zé Rufino
Zelina, mãe do Emi
As informações contidas nesta publicação procedem de várias fontes. Embora todos os esforços tenham sido feitos para garantir a veracidade das informações
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