A Prefeitura de Seropédica, através da Secretaria de Saúde e Defesa Civil, lança Campanha “A vida é melhor sem Aids”.
Nesta próxima quinta-feira (7), a Direção de Áreas Programáticas em Saúde estará distribuído camisinhas na Praça Nildo Romano no centro do município, e na sexta-feira (8), o trabalho será realizado na na RJ 99 (Reta do Piranema). Neste trabalho estará sendo feito orientações através de informativos sobre como se precaver sobre doenças sexualmente transmissíveis. Todas as 19 Estratégia Saúde da Família (ESF), estarão também fazendo a distribuição das camisinhas e dando orientação.
Segundo a subsecretária de Saúde Sirlei Tagiba, o risco de doenças, como HIV, aumenta no Carnaval porque na maioria das vezes as mulheres aceitam transar sem o uso do preservativo. “Muitas ainda têm vergonha de andar com a camisinha na bolsa e não se impõem na hora de exigir do parceiro o uso do preservativo”, ressalta Tagiba. “Vamos alerta-las sobre as doenças e mostrar que é um direito o uso da camisinha”, completou.
A Diretora de Áreas Programáticas em Saúde, Carla Aparecida da Silva Santos, falou que o número de casos de doenças sexualmente transmissíveis tem aumentado muito no município de Seropédica: “Esta campanha vem ajudar em muito a diminuição dos casos das doenças por falta de uso do preservativo. O HIV no município tem aumentado, muitas mulheres casadas não acham que podem contrair a doença do marido, e há solteiras, por incrível que pareça, que costumam ter dificuldade em negociar o uso do preservativo com o parceiro. Sem falar que as mulheres estão muito mais sujeitas a sofrerem violência sexual”, lembra Carla.
O Prefeito Anabal Barbosa de Souza preocupado com o aumento de pessoas infectado com as doenças sexualmente transmissíveis no município disse: “Intensificamos antes do Carnaval a campanha de prevenção ao HIV/Aids, mas distribuímos camisinhas o ano todo. Este ano, estamos apelando especialmente aos jovens que usem camisinha, façam a testagem e, se infectados, busquem tratamento nos Postos de Saúde, que é gratuito. E que no carnaval só tenhamos boas lembranças.” Destaca.
O que são DST?
As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são doenças causadas por vírus, bactérias ou outros micróbios que se transmite, principalmente, através das relações sexuais sem o uso de preservativo com uma pessoa que esteja infectada, e geralmente se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.
Algumas DST podem não apresentar sintomas, tanto no homem quanto na mulher. E isso requer que, se fizerem sexo sem camisinha, procurem o serviço de saúde para consultas com um profissional de saúde periodicamente. Essas doenças quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves, como infertilidades, câncer e até a morte.
Usar preservativos em todas as relações sexuais (oral, anal e vaginal) é o método mais eficaz para a redução do risco de transmissão das DST, em especial do vírus da Aids, o HIV. Outra forma de infecção pode ocorrer pela transfusão de sangue contaminado ou pelo compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente no uso de drogas injetáveis. A Aids e a sífilis também podem ser transmitidas da mãe infectada, sem tratamento, para o bebê durante a gravidez, o parto. E, no caso da Aids, também na amamentação.
O tratamento das DST melhora a qualidade de vida do paciente e interrompe a cadeia de transmissão dessas doenças.
As 10 DSTs mais comuns
1. HPV
Essa é a sigla para o papiloma vírus humano, que é uma doença sexualmente transmissível que engloba cerca de 100 vírus diferentes. A transmissão do vírus acontece por via sexual, inclusive pelo sexo oral. No entanto, nem sempre a pessoa infectada apresenta sintomas aparentes, por isso, o uso da camisinha ainda é a melhor forma de prevenir a doença. Em alguns casos, o vírus é eliminado espontaneamente antes que a pessoa saiba que está infectada. Além disso, já existem vacinas capazes de proteger dos dois tipos de vírus que mais frequentemente causam câncer de colo de útero. Veja como tratá-lo.
O cancro é uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Haemophilus ducreyi. Além de feridas na região genital, pode haver febre, dor de cabeça e fraqueza. É muito mais comum nos homens do que nas mulheres e a única forma de preveni-lo é usando preservativos.
3. Mycoplasma genitalium
A bactéria, mais conhecida pela sigla MG, foi identificada pela primeira vez nos anos 1980, mas a dificuldade em estudá-la impossibilitou por muito tempo a determinação do seu meio de contágio. Mulheres com a bactéria têm mais chance de ter sangramento após o sexo. No entanto, 94% dos homens e 56% das mulheres com a bactéria MG analisadas em um estudo britânico não tinham qualquer sintoma de sua presença. Para evitar contraí-la, já que pode não causar sintomas, faça sexo seguro usando camisinha, inclusive, o oral.
4. Gonorreia
Essa é uma infecção que, quando não tratada, pode se desenvolver e acarretar, entre outros problemas em: doença inflamatória pélvica, gravidez ectópica (fora do útero) e infertilidade feminina. Nos homens, pode levar à epididimite, uma condição dolorosa dos vasos ligados aos testículos, que também podem causar infertilidade. Causada por uma bactéria cada vez mais resistente, a melhor maneira de evitar a transmissão é usando camisinha, inclusive, no sexo oral.
5. Clamídia
6. Sífilis
Outra infecção bacteriana, a sífilis causa feridas nos genitais e caroços na virilha aproximadamente duas semanas após o sexo desprotegido com alguém infectado. Na terceira fase da doença, as marcas podem sumir, mas ainda há risco de contaminação. A melhor forma de evitá-la é com uso de camisinha tanto no sexo oral, anal e vaginal.
7. Aids
A sigla AIDS significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, e o vírus denomina-se HIV. Ele é encontrado nos espermas, no sangue, leite materno e na secreção vaginal das pessoas infectadas. Após o contágio, a Aids pode demorar até 10 anos para se manifestar, e nesse tempo, ela pode ser transmitida sem a pessoa saber que tem o vírus dentro dela. Por isso, o exame de rotina anual é essencial para o diagnóstico precoce da doença, e o uso do preservativo fundamental para evitar o contágio.
8. Herpes
Erupção vermelha e dolorosa na região da vulva, vagina ou ânus, com pequenas bolhas que coçam muito, depois estouram saindo pequena quantidade de líquido e cicatrizam são características do herpes genital. Na maioria das vezes, o herpes genital é transmitido através do contato sexual. Mas, o mais curioso é que, segundo estudos recentes, a pessoa pode transmitir o vírus mesmo estando sem as lesões ativas. Ou seja, quem teve história de herpes genital, mesmo que nunca mais tenha apresentado nenhum sintoma, também é capaz de contaminar outras pessoas. Para preveni-la, use camisinha.
9. Hepatite B
A hepatite B é uma doença sexualmente transmissível, mas também pode ser transmitida pelo contato com sangue e por materiais cortantes contaminados, como alicate de unha. Para se prevenir, além do uso da camisinha em todas as relações sexuais, não se deve compartilhar escova de dente, alicates de unha, lâminas de barbear ou depilar.
10. Tricomoníase
Essa é uma infecção causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis que ataca o colo do útero, a vagina e a uretra. Além do corrimento esverdeado ou amarelo-esverdeado, dor durante o sexo, ardência ao urinar e coceira na vagina são alguns dos sintomas da doença. Como também atinge os homens, a tricomoníase pode ser transmitida através de relações sexuais sem camisinha.
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