Força Expedicionária Brasileira (FEB) enfrentou as forças do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) em território italiano, no chamado front do Mediterrâneo
Entre 24 de novembro de 1944 e 21 de fevereiro de 1945, a Batalha de Monte Castelo marcou a primeira vitória brasileira durante o conflito entre as tropas aliadas e as forças do Exército Alemão. Essa foi a participação mais marcante da Força Expedicionária Brasileira em todos os combates da Segunda Guerra Mundial.
A FEB, com seus 25 mil pracinhas, entrou em combate na Europa ao lado Inglaterra, França, União Soviética e Estados Unidos contra Alemanha, Itália e Japão. A Batalha de Monte Castelo foi uma das mais importantes.
A atuação dos soldados brasileiros foi importante e heroica. Mesmo com equipamentos inadequados e enfrentando uma temperatura de até 15 ºC negativos, os pracinhas conseguiram derrotar as forças alemãs que estavam entrincheiradas no alto do monte Castelo, na Itália.
O brasileiros fizeram parte de uma ofensiva do IV Corpo do Exército dos Estados Unidos – do qual a Força Expedicionária Brasileira era uma das divisões. A missão era conquistar uma elevação na região dos Apeninos: Monte Castelo . Para que os Aliados pudessem alcançar Bolonha, era preciso romper a Linha Gótica: um complexo defensivo dos alemães, formado por fortificações nos montes Apeninos. Se conseguissem romper a Linha Gótica, os Aliados poderiam utilizar uma estrada conhecida como Rota 64.
Do alto das montanhas e colinas, os alemães podiam ver os inimigos tentando avançar. Sem o fator surpresa, os adversários podiam ser facilmente atingidos pelos tiros das metralhadoras alemãs MG42, apelidadas de lurdinhas pelos brasileiros. Além de se proteger do inimigo, os brasileiros precisavam ter habilidades de alpinista: cada pracinha carregava cerca de 25 quilos de equipamento. Os brasileiros não haviam recebido treinamento para o combate em montanhas.
As primeiras tentativas de tomar Monte Castelo em novembro foram fracassadas. Em dezembro, as nevascas e o intenso frio do inverno europeu tornaram as condições ainda mais complicadas para os brasileiros.
Após o final do inverno, em fevereiro de 1945, uma nova operação foi iniciada. Em conjunto com a 10ª Divisão de Montanha do Exército Americano, os brasileiros atacaram. No dia 21 de fevereiro, após doze horas de combate, finalmente conquistaram Monte Castelo.
Para driblar os atiradores alemães, os brasileiros queimaram óleo diesel e criaram uma cortina de fumaça. A força brasileira também teve ajuda da artilharia comandada pelo general Cordeiro de Farias e da aviação.
O fim do domínio de Hitler não foi a único feito que agradou à população local. Os Pracinhas brasileiros chegaram a dividir os mantimentos com o povo recém libertado. A imprensa italiana descrevia as ações da FEB como “brilhantes”, conforme o trecho do “Corriere del Mattino” reproduzido no jornal “Cruzeiro do Sul”. O jornal de Florença afirma que os brasileiros “cooperam com entusiasmo na luta pelo aniquilamento do nazismo e a libertação da nossa terra”.
FEB acumulou 20.553 prisioneiros, uma quantidade elevada se comparada ao número de brasileiros mortos. Dos 25 mil componentes da Força, 450 soldados, 13 oficiais e oito pilotos morreram e cerca de 12 mil ficaram feridos.
Com o moral elevado após a Batalha de Monte Castelo , a FEB prosseguiu numa série de vitórias. Em 5 de março de 1945, os brasileiros conquistaram ainda Soprassosso e Castelnuovo.
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Fonte: IG
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