Ele estava internado desde o dia 13, em decorrência de infarto. Prefeitura do Rio decreta luto oficial de três dias pela morte de Mac Dowell.
O vice-prefeito do Rio de Janeiro, Fernando Mac Dowell, morreu às 23h55 deste domingo (20) aos 72 anos. Dowell sofrera infarto no miocárdio no dia 13 e, desde então, estava internado no Hospital Vitória, na Barra da Tijuca. Ele deixa mulher e quatro filhos.
“Ontem meu pai descansou… quero agradecer a todos que rezaram, oraram e fizeram a corrente positiva para ele. Obrigado, pai, por ser quem sempre foi e continuará sendo. O leu legado não acaba aqui. Levarei seu nome, que é o mesmo que o meu, para a minha vida inteira… O maior criador do mundo ganhou o maior engenheiro que conheci. Te amo e te amarei sempre”, escreveu em uma rede social Fernando, um dos filhos de Mac Dowell.
Mac Dowell acumulava o cargo com o de secretário municipal de Transportes até janeiro desse ano, quando o prefeito Marcelo Crivella decidiu nomear Rubens Teixeira, afastado pela Justiça da presidência da Comlurb, para a pasta.
Em nota, a Prefeitura do Rio lamentou a morte e decretou luto oficial de três dias. “Mac Dowell foi um companheiro exemplar, um notório servidor público com inestimáveis serviços prestado a nossa cidade. Neste momento de dor imensa, minhas orações e pensamentos estão com sua família e com todos que admiravam o seu caráter e sua generosidade”, disse o prefeito Marcelo Crivella (veja a repercussão da morte de Mac Dowell).
De acordo com a assessoria do Hospital Vitória (Barra da Tijuca), o vice-prefeito faleceu devido a complicações decorrentes de um infarto agudo do miocárdio.
Fernando Mac Dowel já trabalhou com Ernesto Geisel, na época da ditadura militar, e também com Leonel Brizola, de 1991 a 1994. Teve importante participação na concepção da Ponte Rio-Niterói, da Linha Vermelha e do metrô e de inúmeras obras de rodovias, ferrovias e aeroportos pelo país.
Mac Dowell cursou Engenharia na Uerj e, assim que se formou, em 1969, foi convidado a dar aula na mesma instituição. O engenheiro também lecionava na PUC-Rio.
O engenheiro trabalhou no GEIPOT, empresa de transportes criada pelo regime militar nos anos 60. No começo da década de 1980, exerceu a função de diretor do metrô carioca, quando a linha 1 começou a funcionar, durante o mandato do governador Chagas Freitas.
Ele também foi conselheiro da deputada Clarissa Garotinho quando ela presidiu a Comissão de Viação e Transportes da Câmara, de março de 2015 a abril de 2016. Em seguida, aceitou o convite para compor a chapa de Marcelo Crivella.
Linha de sucessão
Com a morte de Dowell, na ausência de Crivella (por viagem ou doença), segundo a Lei Orgânica do Município, assumem a Prefeitura do Rio, nesta ordem:
- Presidente da Câmara Municipal – Jorge Felippe (MDB)
- Primeiro-vice-presidente da Câmara Municipal – Tânia Bastos (PRB)
- Presidente do Tribunal de Contas do Município – Thiers Vianna Montebello
O cargo de vice-prefeito, no entanto, fica vago até o fim do mandato de Crivella, segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura do Rio. Os substitutos só assumem quando o prefeito estiver ausente.
Formado em Sistemas de Informação pela FAETERJ, carioca de coração, apaixonado por teologia, tecnologia, matemática, geografia, história e pela sociedade em geral.