A Sereno de Campo Grande foi fundada em 1996, por um grupo de boêmios estavam reunidos no Bar e Restaurante do Pepe, situado na Avenida Cesário de Melo em Campo Grande. Era madrugada de quarta-feira de cinzas. Eram eles Paulo Geleia, Tuti, Patinete e o poeta Dalberto Gomes. Foi marcada uma reunião com Carlinho da Burrinha, Osmar Capilé, Hugo Reis, Nélson Chaves, Nelsinho e outros antigos foliões. O local foi a Sociedade Musical 10 de Maio. Durante a reunião foi servido um almoço com muito samba. Foi fundada então o Grêmio Recreativo Escola de Samba Sereno de Campo Grande.
No carnaval de 2007, pela primeira vez a Sereno de Campo Grande desfilou na Passarela do Samba, Marquês de Sapucaí, com o enredo: “É Carnaval! A Coruja Manda Avisar. Deu Águia… Viva a Portela!” dos Carnavalescos Amarildo de Mello, o mesmo que assinava o carnaval da Portela e Oziene Furttado. A comissão de frente representou o nascimento da coruja, símbolo maior da sabedoria. Os enredos e baluartes da Portela foram destaque em alas e alegorias.
No carnaval 2008, com o enredo O Gigante chamado Brasil, terminou na 8º colocação. O enredo abordou a miscigenação dos povos, o sincretismo religioso inerentes ao nosso país e as diferenças de hábitos e costumes no território nacional.
Em 2010, o Sereno contou a história do espetáculo circense, com a presença maciça de sua comunidade. Na comissão de frente, mágicos em torno de uma grande cartola faziam truques de ilusão e tiravam de dentro, um palhaço e um coelho.[1] Sua exaltação ao Circo lhe valeu o 4ºlugar.
Em 2011, a escola contou a história do perfume, passando pelo Egito, pelas antigas civilizações e terminando o desfile na Amazônia, fonte de extração de fragrâncias a aromas para a produção de perfumes nacionais e internacionais. A comissão de frente apresentou soldados egípcios que se apresentaram junto com Cleópatra, Marco Antonio e Julio César. O abre-alas trouxe a coruja, símbolo da escola, cercado de muito brilho e uma representação do Deus Ball e múmias. A segunda alegoria representou a cultura hindu, com grandes elefantes, marajás e uma referência às velas aromáticas. Os alquimistas da bateria fizeram paradinhas. O terceiro carro representou Paris, com dançarinas de cancan, vidros de perfume francês e cabarés. A Amazônia veio no último carro, com a fauna e flora brasileiras. As baianas representaram a lavagem do Bonfim[2]. Ficou em 5º Lugar.
Em 2013, a escola retorna Amarildo de Mello como carnavalesco[3]. Com um desfile mediano, sendo que com alegorias sem iluminação[4], a escola terminou a disputa em 17º lugar foi uma das rebaixadas que retornaram para o Grupo B[5], atualmente sob comando da AESCRJ.
Para 2014, a escola que tinha o experiente Jorge Caribé, como seu carnavalesco. decidiu apostar no desconhecido Wagner Araújo[6][7][8] , não confundindo com o diretor de carnaval da Imperatriz. mas sim o que foi anteriormente assistente de Mauro Quintaes[9]. sendo na sua final de samba-enredo com cinco parcerias[10]. O Desfile realizado pela escola garantiu destaques pela Ala das Baianas, que representaram a lavagem do Bonfim e a escola ganhou o Prêmio S@mba-Net 2014 como a Melhor Escola do Acesso B. Na tentativa de superar o rebaixamento ocorrido no ano de 2015 – quando a escola teve como carnavalescos a dupla Amauri Santos e Eduardo Pinho – a escola reconvocou Wagner Araújo, que, com simplicidade, havia conquistado o S@amba-Net 2014.
Para o ano de 2016, com o enredo “É fofoca, é fuxico: a coruja abre o bico!”, Wagner revive a produtiva parceria com André Miranda na elaboração e desenvolvimento do enredo – ao lado dos demais integrantes da comissão de carnaval – na tentativa de reconduzir a escola ao grupo B.
Depois do carnaval de 2018, quando em terminou em sexto lugar, a escola elegeu o compositor Zé Glória como seu novo presidente.[11] Após dois carnavais modestos, o Sereno lança para 2021 o enredo “Se o samba tem mandinga vem da África a nossa ginga”, trazendo de volta após 8 anos o carnavalesco Amarildo de Mello e o intérprete Antônio Carlos, que divide o microfone oficial com Sandro Mota. Com o cancelamento dos desfiles de 2021 em virtude da pandemia de Covid-19, o enredo foi remanejado para o carnaval de 2022, realizado no mês de abril, onde a escola terminou com a quinta colocação.
No carnaval de 2023, apresentando o enredo “As três princesas turcas no reino de Pindorama”, sobre a saga das princesas Mariana, Herondina e Toya da terra natal até a Praia dos Lençóis, o Sereno conquista o título da Série Prata e o acesso à Série Ouro, retornando à Sapucaí após 10 anos.
Para o carnaval de 2024, o Sereno anunciou o enredo “4 de Dezembro”, de autoria do carnavalesco Thiago Avis (mantido pelo segundo carnaval seguido) e dos enredistas Juliana Joannou e Leonardo Antan, que fala sobre os festejos em honra a Santa Bárbara e Oyá, em Salvador. A escola manteve quase toda equipe do desfile anterior e contratou a porta-bandeira Lohane Lemos, que retorna à agremiação após 8 anos, e o intérprete Igor Pitta, para dividir o microfone oficial com Antônio Carlos.
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