A sessão da Câmara dos Vereadores de Itaguaí que destituiu do cargo, na noite desta terça-feira (17), o presidente da Casa, Gil Torres (União), teve um elemento surpresa que deixou os nobres mudos: quando o advogado do réu, em meio à defesa, mandou o DJ soltar o som.
Uma série de gravações foram reproduzidas, em que dois vereadores, sem saber que estavam sendo gravados, contam a um assessor do agora ex-presidente que o prefeito Rubão, chamado por eles de “gordinho”, foi quem ordenou a cassação, e que ele estaria pagando até R$ 300 mil por voto.
Em um dos áudios, atribuídos ao vereador Alex Alves (PRTB), o parlamentar diz não entender o que o prefeito quer: tirar Gil da presidência, cassar o seu mandato de vereador ou “exterminar” o desafeto.
O outro vereador gravado foi Sandro da Hermínio (PP). O assessor que fez a gravação foi Jean Michel, que vai pedir proteção.
Vale lembrar que Itaguaí é a cidade mais violenta do estado, seguida do município de Queimados.
Assessor grava vereadores de Itaguaí e aponta conspiração para derrubar o presidente
Outro lado
Em nota, a assessoria da Prefeitura de Itaguaí afirma que “A defesa do presidente afastado da Câmara tenta encobrir o único fato comprovado: a contratação por R$ 1,6 milhão, sem licitação, de uma produtora para transmitir sessões que já são transmitidas gratuitamente. Causa estranheza a defesa querer usar gravações clandestinas e não periciadas para tentar abafar a contratação que causou o afastamento do vereador. Vale destacar que o nome do prefeito sequer é citado”.
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