O 2º Fórum de Desenvolvimento Econômico da Baixada Fluminense, vai acontecer nos dias 23, 24 e 25 de março próximo, no Centro de Convenções do Hotel Mercure, em Nova Iguaçu, e contará com a participação da Secretaria de Ciência Tecnologia e inovação da Prefeitura de Seropédica.
O Seropédica Online em entrevista com o Sérgio Antônio Vieira Almeida, advogado à 20 anos, formado em administração de empresas, e Presidente do Conselho Investidor do Hotel Mercure de Nova Iguaçu e Presidente da Associação de Desenvolvimento Social e Econômico da Baixada Fluminense (Adesbf).
Como surgiu a ideia de fazer este Fórum?
A ideia de montar esse fórum surgiu diante da necessidade que a Baixada fluminense tem em se desenvolver economicamente. Existe um potencial muito grande na Baixada Fluminense, e esse potencial não é totalmente exaurido, explorado, por isso a necessidade do terceiro setor participar dessas discussões e desse debate para desenvolvimento econômico da Baixada Fluminense.
No 1º Fórum em 2021 houve a participação de muitos municípios?
Em 2021 houve pouca participação dos municípios, porque alguns Gestores Públicos não queriam participar de um evento da iniciativa privada, alguns tem uma certa vaidade, e acabam confundindo a intenção do fórum. Mas tivemos a presença do Governo do Estado, e adesão de alguns municípios, e de vários empresários da baixada.
Este ano de 2022 como está sendo adesão?
Este ano com apoio do Prefeito de Seropédica Professor Lucas, através do Secretário Carlos Alberto Machado de Freitas, da Secretaria de Ciência Tecnologia e Inovação, houve novo entendimento, nova percepção e muitos engajamentos de municípios e de empresários.
Com será tratado neste Fórum a qualificação e requalificação profissional da mão de obra, para as empresas contratarem pessoas da Baixada Fluminense?
Através desse Fórum nós estamos trazendo grandes empresas para participar, só para ter uma ideia nós temos um laboratório, que é o maior da América Latina que se encontra em Nova Iguaçu, o Cepel, e um laboratório de capacitores químicos e elétricos onde são feitos testes, um laboratório de alta tecnologia que fez agora 48 anos na Baixada Fluminense. Ali existem vários cientistas de outros países, poucos do Brasil, e mão de obra técnica vem do Rio de Janeiro e de outros estados, não gerando emprego para Baixada Fluminense, por falta de investimentos na formação e na capacitação profissional. Nós temos grandes Universidades, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e em Seropédica e nós precisamos do apoio destas universidades.
A UFRRJ vai apoiar este evento?
Sim, a Universidade vai apoiar. A Universidade Rural tem um Polo Tecnológico em Nova Iguaçu. Eu falo isso com grande propriedade, porque vivo há 40 anos nesta cidade, e em Nova Iguaçu temos grandes universidades, temos a Universidade Iguaçu, Estácio, com isso a UFRRJ, implementou este projeto, o Parque Tecnológico. Para nossa surpresa não houve interesse do Gestor Municipal em investir neste projeto. No Parque Tecnológico existiria startups, uma incubadora de negócios onde seria criado empresas tecnológicas para poder acompanhar o desenvolvimento econômico. Para se ter uma ideia, hoje você vê nos Estados Unidos, o Vale do Silício na Califórnia, onde desenvolve vários startups de empresas tecnológicas, e Nova Iguaçu seria do mesmo modo, gerando emprego e renda.
Muitas empresas buscam serviços como por exemplo, uma Tornearia para usinar ou fabricar alguma peça de seus equipamentos, e por falta de divulgação acabam procurando estes serviços em outros estados, o que o Fórum poderá cooperar para resolver este problema?
O Fórum ele tem esse viés também, vai aglutinar empresários de todos setores e segmentos, para juntos trocar informações, e com isso acabam aproveitando a mão de obra e serviços que existem na região. Não existe uma divulgação, não existe um interlocutor. Mas nós da iniciativa privada estamos aqui para ajudar aumentar este elo de informações.
Qual benefício trouxe o 1º Fórum realizado em 2021?
O 1º Fórum foi muito importante porque ele tirou dentro daquela caixinha, informações e projetos que se encontravam a mais de 20 anos arquivados. Para você ter uma ideia nós temos uma pista maior que do Aeroporto Santos Dumont, essa pista asfaltada ela se encontra no centro de Nova Iguaçu, próximo à Rodovia Presidente Dutra e essa pista hoje está totalmente abandonada. Agora eu pergunto; porque esta pista não podia ser o aeroporto? Ali já se podia receber Aviões de pequeno e médio porte. (Absurdo, colocaram um Hospital de campanha na cabeceira da Pista). Por exemplo hoje nós temos um problema muito grande com relação as aeronaves, com os helicópteros que descem ali no aeroporto Jacarepaguá. Está tendo um movimento muito grande de moradores dos condomínios que reclamaram do excesso de barulho. Resumindo, essas aeronaves por causa disso, estão sendo deslocados para Macaé e a gente tem uma pista que poderia receber estas aeronaves. Cada aeronave gera uma receita de R$ 30.000,00, para poder ficar taxeado, fazendo abastecimento, limpeza e tendo alimentação. Olha só o que poderia acarretar esse aeroporto sendo reativado para nossa região, e próximo à Rodovia Presidente Dutra no Bairro da Posse. Destaca Sérgio Antônio.
Na foto: A esquerda o Secretário Carlos Alberto Machado de Freitas, da Secretaria de Ciência Tecnologia e Inovação e Sérgio Antônio Vieira Almeida, Presidente da Associação de Desenvolvimento Social e Econômico da Baixada Fluminense (Adesbf)
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