Para diretor do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro, o Hospital Badim está dando pouco valor aos funcionários ao não divulgar o número de profissionais internados
Três enfermeiras que ajudaram a socorrer os pacientes internados no Hospital Badim durante o incêndio estão internadas em estado grave. Uma delas está no CTI. A informação foi coletada pelo Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ).
“Uma enfermeira supervisora e duas técnicas de enfermagem estão internadas, respirando com a ajuda de aparelhos. Uma delas está no CTI em estado bem grave”, diz o diretor do Coren RJ, Glauber Amancio.
A direção do Hospital Badim, no entanto, não divulga quantos funcionários da unidade que participaram do salvamento estão internados e qual seu estado de saúde. Em nota divulgada à imprensa, o diretor do hospital diz apenas que há vinte funcionários e familiares feridos, sem especificar quantas são as vítimas de cada grupo.
Para Glauber Amancio, o hospital está dando pouco valor aos funcionários ao não divulgar que estão internados. “Os profissionais de enfermagem subiram e desceram aquele prédio. Entraram muitas vezes no setor que estava com muita fumaça, se expuseram à fuligem, fumaça, carregando peso”, diz.
Uma fiscal do Coren fez uma ronda nas unidades de saúde em busca de profissionais de enfermagem internados. Elas foram localizadas no Quinta D’or, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio,e no Caxias D’Or.
“O que me deixa mais triste é que elas foram grandes heroínas. Os Bombeiros, com equipamentos, tiveram dificuldades no resgate, e essas enfermeiras ficaram subindo e descendo, várias vezes para salvar os pacientes. Uma desmaiou. O hospital deveria dar mais divulgação”, critica.
Questionado, o hospital se recusa a informar quantos profissionais de saúde estão internados e qual seu estado de saúde. Funcionários disseram ao DIA que a direção do hospital encaminhou mensagem ordenando que não concedessem entrevista à imprensa. O hospital não retornou à reportagem sobre o motivo. O espaço está aberto para manifestação.
Fonte : O DIA
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