Todos os híbridos Bt [de milho] avaliados foram inofensivos ao Trichogramma Pretiosum, por exemplo
Estudos publicados nesta semana mostram que as plantas geneticamente modificadas para serem resistentes ao ataque de alguns tipos de insetos (denominadas de Bt ou transgênicas) não afetam outras espécies de “insetos do bem”. É o caso das aranhas, por exemplo, que exercem importante papel de controle populacional de outros insetos na natureza.
A conclusão é de um artigo efetuado por pesquisadores chineses, que após estudos realizados em campo por vários anos, verificaram que o uso de transgênicos não afetou a presença dos “insetos do bem”. Ao contrário do que se verificou em outras áreas do estudo, onde não foram utilizados transgênicos. Nesses locais, os produtores precisaram fazer uso de inseticidas, o que impactou toda a cadeia de insetos da área.
Os cientistas escrevem no Plant Biotechnology Journal: “Esses resultados sugerem que o arroz Bt não tem impacto a longo prazo na estrutura da comunidade de aranhas, enquanto os inseticidas químicos exibem impactos negativos”.
O outro artigo foi produzido no Brasil, onde se analisou a presença em lavouras de milho transgênico da vespa parasitária chamada Trichogramma Pretiosum. Essa espécie ocorre naturalmente no país e, como se alimenta dos ovos das mariposas caídas e outras pragas agrícolas, é altamente valorizada como agente de biocontrole pelos agricultores.
Na publicação, os cientistas brasileiros escreveram na revista Biocontrol Science and Technology que: “Todos os híbridos Bt [de milho] avaliados foram inofensivos ao T. pretiosum”.
Os estudos são importantes porque comprovam a importância do uso da tecnologia Bt em lavouras para o Manejo Integrado de Pragas (MIP). A técnica consiste no fomento da população de insetos predadores naturais das pragas agrícolas, reduzindo a necessidade de aplicação de químicos.
Fonte: Agrolink
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