Trabalhadores da Rio+Saneamento encerram paralisação de 24 horas e prometem seguir na luta por reajuste salarial
Nesta quarta-feira, 16 de outubro, os trabalhadores da Rio+Saneamento concluíram uma paralisação de 24 horas iniciada no dia 15, em uma forte demonstração de união e luta por melhores condições de trabalho. Organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Saneamento Básico e Meio Ambiente do Rio de Janeiro e Região (SINTSAMA-RJ), a greve atingiu diversas unidades da empresa, como Itaguaí, Campo Grande, Vassouras, Piraí e Seropédica.
A principal reivindicação dos trabalhadores é um reajuste salarial justo e a isonomia de salários entre aqueles que atuam na capital e os que trabalham no interior, que atualmente recebem salários menores. Além disso, a categoria exige melhores condições de insalubridade, um piso salarial digno — já que a Rio+Saneamento paga o menor piso do estado do Rio de Janeiro —, aumento no ticket alimentação e melhorias no plano de saúde.
O presidente do SINTSAMA-RJ, Vitor Duque, esteve presente desde cedo na unidade de Itaguaí e parabenizou os trabalhadores pela força demonstrada durante a paralisação. “A batalha apenas começou. Vamos continuar cobrando melhorias para os funcionários”, afirmou Duque, destacando a importância da mobilização para garantir avanços.
Durante a greve, a direção do SINTSAMA-RJ esteve ativa em todas as unidades paralisadas, reforçando o apoio aos trabalhadores e ouvindo suas demandas. O êxito da paralisação foi uma vitória inicial, mas o sindicato já anunciou que, diante da resistência da empresa em negociar de forma satisfatória, buscará na justiça os direitos dos funcionários.
Além disso, o sindicato alertou que qualquer tentativa de coação ou retaliação contra os trabalhadores que aderiram à paralisação não será tolerada. “Qualquer ameaça deve ser imediatamente reportada ao sindicato para que possamos acionar nosso corpo jurídico”, reforçou o SINTSAMA-RJ, garantindo apoio jurídico a todos os trabalhadores que participarem do movimento.
A paralisação, que teve adesão massiva, é um marco no movimento sindical dos trabalhadores da Rio+Saneamento, e a expectativa é que novas negociações sejam abertas. Caso contrário, o sindicato promete continuar a luta até que as demandas da categoria sejam atendidas.
A Rio+Saneamento, que faturou R$ 421,6 milhões em 2023, enfrenta críticas severas por pagar salários e benefícios abaixo do esperado para uma empresa de seu porte e importância, especialmente no setor de saneamento básico, que é essencial para a qualidade de vida da população.
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