A missão interplanetária chinesa Tianwen-1 entrou em órbita de Marte nesta quarta-feira (10), após 202 dias viajando pelo espaço. A espaçonave acionou seu propulsor principal às 8h52 (horário de Brasília), numa manobra de 15 minutos que a colocou em uma órbita elíptica de 400 km x 180.000 km, com inclinação de 10 graus, ao redor do planeta vermelho.
A manobra foi pré-programada, devido ao atraso de 21 minutos e 20 segundos na comunicação (ida e volta) entre a Terra e Marte. Gradualmente, a espaçonave irá reduzir a altitude, chegando a 265 km no ponto mais baixo. Para comparação, isso é pouco mais da metade da distância entre nosso planeta e a Estação Espacial Internacional.
Esta manobra irá permitir que a espaçonave fotografe a região de Utopia Planitia, onde a China irá tentar pousar um robô (rover), com resolução de apenas 50 cm por pixel. Ele está atualmente a bordo de um veículo de pouso (lander) acoplado à Tianwen-1.
O pouso deve acontecer em maio e o local exato é segredo, mas as coordenadas 110.318 graus de longitude leste e 24.748 graus de latitude norte já foram encontradas, e depois removidas, em uma publicação chinesa.
“O principal objetivo da missão é buscar e mapear a distribuição de água congelada na superfície e subsolo” de Marte, disse Long Xiao, cientista planetário na Universidade Chinesa de Geociência, em declaração ao site Space News.
Para isso há dois radares, um a bordo do rover e outro a bordo da Tianwen-1, em órbita. “O processamento de dados de radar é muito complexo, e os radares de solo e orbital, juntos, podem fornecer resultados mais confiáveis do que um só.
Ontem, a missão árabe Hope também chegou a Marte. A espaçonave não irá tentar um pouso, mas ficará em órbita do planeta por um ano marciano (687 dias terrestres), observando a geologia e clima do planeta durante este período.
A próxima missão a chegar a Marte é a Mars 2020, dos EUA, com o rover Perseverance a bordo. O pouso está programado para o dia 21 de fevereiro em um local conhecido como cratera Jezero, que já foi o delta de um antigo rio. O objetivo da missão é determinar se o planeta já teve, no passado, as condições necessárias para abrigar vida.
Fonte: Space News
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