Pasta havia prometido ajustes em sobreposições dos mapas que detalham áreas de risco para espécies nativas e ecossistemas frágeis em seis biomas brasileiros
O site com as áreas prioritárias de conservação do Ministério do Meio Ambiente, retirado do ar em abril deste ano, foi reativado com seus mapas atualizados. Instituições responsáveis pela captação dos dados, sem vínculos com o governo, confirmaram ao G1 que não houve alteração nos conteúdos do projeto.
A página areasprioritarias.mma.gov.br concentra a maior parte das informações oficiais sobre o tema.
O governo afirmou em nota que a retirada ocorreu para evitar equívocos em relação às áreas de sombreamento, ou seja, áreas onde um bioma se sobrepõe a outro. Disse também que os ajustes se encontravam em fase final.
As informações foram republicadas no final de junho e estão atualizadas com dados das áreas prioritárias. O levantamento reúne todos os biomas terrestres e também a Zona Costeira e Marinha.
“Algumas áreas prioritárias que ficaram sobrepostas entre biomas ou com a Zona Costeira e Marinha”, diz a Pasta. “Os processos foram elaborados regionalmente e utilizando microbacias hidrográficas como unidade mínima de informação do território”.
“Nenhuma dessas informações já elaboradas separadamente em cada processo foi excluída, mas sim integradas e disponibilizadas em conjunto para as áreas com sobreposição”, reforça o governo.
Amazônia é um dos biomas brasileiros representado nos mapas de áreas prioritárias — Foto: Divulgação
Mapas baseiam ações
As “Áreas e Ações Prioritárias” são um instrumento de política pública constituído em 2004 que baseia a criação de unidades de conservação (UCs), o licenciamento de atividades potencialmente poluidoras, a fiscalização e a regularização ambiental. O programa também recomenda ações prioritárias e caracteriza ameaças e oportunidades em cada um dos biomas brasileiros.
O Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) usam a classificação determinada pelo programa em ações de fiscalização e em processos de licenciamento ambiental.
O primeiro mapa foi divulgado em 2007. Os registros foram atualizados em 2016 e mais uma vez no final de 2018. Na última atualização, os biomas do Cerrado, Caatinga e Pantanal foram classificados em três níveis de prioridades.
Fonte: G1
Notícias de Seropédica, do Brasil e do Mundo