Seropédica Online visita o Museu do Amanhã
5 de agosto de 2017

Acredito que o Museu do Amanhã foi construído com a finalidade de instruir a população de como devemos manter nosso mundo, se preocupando mais com o meio ambiente e a sustentabilidade de nosso planeta.

O Museu do amanhã é uma ferramenta importante de aprendizado, principalmente na educação ambiental, ali as escolas podem levar seus alunos proporcionando outra releitura do mundo, ampliando sua cultura e conhecimento do local que vivemos. Além disso o aluno pode ver de perto os principais problemas das grandes cidades brasileiras, como os engarrafamentos que polui, a formação das favelas e o crescimento da violência.

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Jogo Humano do Amanhã

No centro da sala do Museu do Amanhã há o jogo “Humano do Amanhã”, no qual o visitante pode descobrir, de forma bem-humorada, qual o seu perfil no futuro. Após uma série de perguntas inusitadas – como por exemplo “Você participaria de uma excursão para a Lua com duração de um mês?” – você pode descobrir é um “androide visionário,” um “turista no planeta” ou “terráqueo pé-atrás”, por exemplo. Idealizado pelo jornalista Marcelo Tas, o jogo foi inspirado na Teoria Humoral do grego Hipócrates – em que a vida seria regulada por “humores” predominantes, resultando em diferentes temperamentos. 

Educação

A educação é um processo cultural de formação das pessoas, não apenas de transmissão de informação. É um modo desenvolvido pela sociedade humana para poder manter viva a sua própria história e os seus modos de produção, nas palavras da gerente de Educação do Museu do Amanhã, Melina Almada. Dessa forma, uma construção de conhecimento que deixe um legado para o futuro é um dos objetivos da seção. 

Cada vez mais educadores utilizam a internet como uma ferramenta importante para o ensino. Com tantos conhecimentos disponíveis, surgem novos desafios e diferentes formas de ensino e aprendizagem. 

Um dos principais desafios é como fazer uma educação inclusiva, que conecte as pessoas e não esteja focada somente em desenvolver mão de obra e, sim, criar sujeitos pensantes, autores dos seus próprios futuros e processos de aprendizagem. O educador precisa ter consciência da forma como ele atua, como se relaciona com o mundo, para então entender como esse processo é aprendido e apreendido por esse sujeito que é o educado.

Pensar o desafio da educação é diferente de pensar o desafio da escola. As instituições de ensino devem buscar superar a perspectiva do século XIX, em que era considerada como a única produtora de conhecimento. 

Estamos vivendo um momento de descentralização que é muito favorecido pela tecnologia. Deixamos de ser somente consumidores de conteúdo e passamos a ser também produtores. É claro que há níveis de produção diferentes, tanto em termos de aprofundamento quanto de qualidade, mas é uma mudança importante, pois ela começa a desierarquizar os processos de construção de saberes – ressalta a educadora. 

Vida artificial 

O avanço da tecnologia proporcionou criarmos vida por meio de processos totalmente sintéticos, em laboratório. E nos próximos 50 anos essa tendência tende a se tornar uma realidade cada vez mais comum. Segundo a geneticista Mayana Zatz, uma das consultoras do Museu, a genética vai revolucionar a medicina, criando remédios personalizados – chamados de medicina de precisão – além de termos mudanças profundas na criação de animais, na área de agricultura e tecnologia. 

Essa realidade, que para muitos é considerada o início de um momento de prosperidade e saúde humana, suscita muitos questionamentos e problemas éticos. Um dos grandes dilemas da manipulação genética é como lidar com os “achados incidentais”, situações em que encontram- se mutações que não irão se desenvolver naquele momento. 

Outro impasse é em relação à edição de genes em embriões, se temos a possibilidade de atuar apenas no gene específico de uma família com risco de hemofilia, por exemplo, por que não fazer a edição dos genes dessa doença. 

Outros questionamentos também surgem pelo receio da má utilização da manipulação de genes, que poderiam ir além da exclusão de doenças, e servir para selecionar inteligência, algum tipo específico de beleza, entre outras coisas. Amanhãs assustadores? Pois esses caminhos estão sendo construídos hoje.

Nunca antes se debateu tanto sobre o meio ambiente e sustentabilidade como estamos vendo, principalmente nestes últimos anos. As graves alterações climáticas, as crises no fornecimento de água devido à falta de chuva, as queimadas, como aconteceu nesta última semana em Seropédica e da destruição dos mananciais e a constatação clara e cristalina de que, se não fizermos nada para mudar, o planeta será alterado de tal forma que a vida como a conhecemos deixará de existir.

O Museu do Amanhã fica localizado na Praça Mauá Centro Rio de Janeiro

Às terças-feiras a entrada é gratuita, outros dias e cobrado R$ 20 e grátis para idosos.