Boa parte da região banhada pela Baía de Sepetiba, e mesmo a praia da Reserva podem desaparecer nos próximos anos, com o aumento do nível do mar; em tempo de tragédia climática no Sul, atenções se voltam para o tema
A Climate Central, uma ONG formada por cientistas e jornalistas que tem por objetivo pesquisar e noticiar os fatos sobre as mudanças climáticas criou um mapa interativo, um tanto pessimista, que prevê um cenário verdadeiramente apocalíptico para as cidades costeiras. O trágico e recente evento que ocorreu no Rio Grande do Sul traz novamente à discussão à tona, em que pese haja evidências de que a infraestrutura dos gaúchos para conter estas tragédias não se encontrava em perfeitas condições.
Os dados, documentados na Nature, principal revista científica do mundo, e revisadas por outros cientistas mostra que a ameaça do aumento do nível do mar ameaças pessoas no mundo, e podem ter profundas consequências econômicas e políticas ainda durante a vida da atual geração. O problema, de gravidades imensas no Leste Asiático, deve atingir, até 2100, áreas que hoje vivem cerca de 200 milhões de pessoas.
Diferente de outras pesquisas, os dados do Climate Central leva em conta que novas informações revelam que a altura de regiões costeiras são significantemente menores do que se pensava anteriormente. Daí então dados muito mais alarmantes.
Veja o mapa que mostra Sepetiba até Guaratiba em 2030, o vermelho é a parte que pode ficar submersa:
Já em 2060 pode sobrar muito pouco da parte do Rio banhado pela Baía de Sepetiba:
E no fim do século poderá se trocar o trem por barcas:
Guaratiba e a praia da reserva também deixariam de existir, com a Lagoa de Marapendi se ligando definitivamente ao mar em certos trechos. Veja como seria em 2030:
Em 2060
E finalmente 2100, quando praticamente não haverá mais terra no litoral carioca:
O ambientalista Sérgio Ricardo já chamou atenção aqui no DIÁRIO DO RIO para o desafio das mudanças climáticas e a elevação do nível do mar. “No Rio de Janeiro, partes da orla marítima do Recreio dos Bandeirantes, nas ilhas do Governador e Paquetá e em cidades da Região dos Lagos e da Costa Verde Verde fluminense, já vem sofrendo os impactos das inundações e da destruição da faixa litorânea e de infraestruturas urbanas (como calçadas e ruas, píers atracadouros e até mesmo moradias, pousadas e do comércio de praia) que são refeitas e/ou reconstruídas periodicamente pelas prefeituras, de forma paliativa e cada vez mais frequente, como se fosse uma “operação enxuga gelo” (no sol!), cujos custos financeiros são cada vez maiores para os cofres públicos.”
Segundo especialistas – em que pese haja cientistas e publicações especializadas que negam a gravidade e mesmo a existência das mudanças climáticas – os cenários aqui são os mais pessimistas, mas nada vem sendo feito para que haja otimismo com o problema pelo qual, segundo a mídia e os cientistas do mainstream, o mundo vem passando.
Fonte: Diário do Rio
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