Rio+Saneamento substitui adutora rompida na BR 465 em Seropédica (Abaixo História das Adutoras)
19 de setembro de 2024

A empresa Rio+Saneamento, responsável pelo abastecimento de água potável para os municípios de Seropédica, Itaguaí e parte do Rio de Janeiro, está realizando a substituição da adutora que se rompeu no km 43 da Antiga Estrada Rio-São Paulo (BR 465), em Seropédica.

O vazamento de água foi identificado no centro da rodovia na tarde do dia 18, por volta das 14h. A EcoRioMinas, ao detectar o problema, notificou imediatamente a Rio+Saneamento e isolou a área, prevenindo um possível acidente. Em 2013, no mesmo local, o rompimento de outra adutora causou a formação de uma cratera, quase resultando em um acidente grave com veículos que trafegavam pela via.

Com o início das obras, o tráfego na rodovia precisou ser desviado para uma única pista, utilizando o acostamento da BR 465. Isso gerou um congestionamento de mais de 4 km em ambos os sentidos, tanto em direção a São Paulo quanto ao Rio de Janeiro. Além disso, a RJ 99 também apresentou engarrafamento de cerca de 3 km, até o bairro Boa Fé.

A Rio+Saneamento divulgou uma nota informando que o serviço será finalizado na noite desta quinta-feira (19). Após a conclusão, a concessionária EcoRioMinas, responsável pela administração da rodovia, dará início à pavimentação do trecho.

História da Construção das Adutoras e Abastecimento de Água no Rio de janeiro

Conheça a história da Construção das Adutoras do Sistema Ribeirão das Lajes abastecem a região do Rio de Janeiro e da Baixada Fluminense. A Represa de Lajes, que faz parte da Bacia do Rio Guandu, recebe água dos rios Piraí, Pires, da Prata e Machado.

Em 1905, o Rio de Janeiro dependia do carvão importado, pois não havia fonte de eletricidade em seu território. Naquele ano, a concessionária Light iniciou a construção da represa de Ribeirão das Lajes com o objetivo de criar o reservatório da maior e mais moderna hidrelétrica do país no início do século XX, a Hidrelétrica de Fontes, inaugurada em 1908 a 47 quilômetros da capital, situada no sopé da Serra do Mar, atual município de Piraí.

Após a conclusão da primeira etapa da represa, a Light realizou várias obras de expansão do sistema de captação e formação de reservatórios, que resultaram na construção da segunda represa, a partir de bombeamento de  águas do Rio Paraíba do Sul e que reverteu o curso do Rio Piraí.

SISTEMA DE ABASTECIMENTO

A Unidade de Tratamento de Água (UT) Ribeirão das Lajes, de 1949, foi construída para suprir o abastecimento do Rio de Janeiro, que vivenciava rigorosa estiagem. A Represa de Lajes, que abastece a UT, recebe águas dos rios Piraí, Pires, da Prata e Machado. Ela integra a Bacia do Rio Guandu e possui 338,8 quilômetros quadrados, mais de oito vezes a área da Floresta da Tijuca. Como é uma reserva ecológica, sua proteção cabe ao INEA (Instituto Estadual do Ambiente). Com 270 milhões de metros quadrados preservados, área maior que o município de Seropédica, a reserva abriga diversas espécies de fauna e flora.

A UT Ribeirão das Lajes abastece até 1,8 milhão de habitantes de Itaguaí, Japeri, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados e parte do município do Rio de Janeiro, com vazão média de 5.100 l/s.

SISTEMA DE CAPTAÇÃO

A captação do Sistema Integrado Ribeirão das Lajes é realizada a jusante do reservatório de Lajes, após o turbinamento da UHE de Fontes Nova. Trata-se de uma captação superficial realizada em um canal de seção retangular de 2,00m x 2,75m, e extensão de 1.313m, denominado calha da CEDAE. As águas vêm dos rios Lajes, Pires, Bálsamo, Ponte de Zinco, Passa Vinte, da Prata e Palmeiras. A água do Rio Piraí chegam por um túnel (Túnel de Tocos) de 8.430 metros que transpassa a Serra dos Cristais, sendo um divisor de águas.

O Sistema de Abastecimento de Água (SAA) Integrado Ribeirão das Lajes entrou em operação em 1940, com a conclusão da primeira adutora. Em 1949, a segunda adutora passou a garantir o perene e ininterrupto abastecimento do então Distrito Federal, até então atendido só pelo Sistema Acari que era sujeito à sazonalidade. No sistema, a água segue por duas adutoras de 1750 milímetros em concreto armado, que conduzem a água até o Reservatório do Pedregulho, no bairro carioca de São Cristóvão.

DIMENSÕES DA ADUTORA

Construída em duas etapas, em 1940 e 1949, a adutora Ribeirão das Lajes foi uma obra de grandes proporções para a época, tendo sido projetada para aduzir um total de 456 mil metros cúbicos de água a cada 24 horas (em duas etapas iguais de 228 mil metros cúbicos). Desde o início da construção da primeira linha, os números já impressionavam:

 
Comprimento total Diâmetro total dos tubos Diâmetro interno dos tubos Peso total
1.429 metros 2,40 metros 1,75 metros 10.000kg
 

                                                                                                                                       

   

Fontes: Instituto Militar de Engenharia E CEDAE

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