A precarização do serviço de transporte aquaviário entre a Praça XV, no Rio de Janeiro, e a Praça Arariboia, em Niterói, viveu neste dia de todos os Santos um capítulo digno da véspera de finados.
Trabalhadores que retornavam para suas casas, bem como estudantes, narram que estiveram diante do impensável há muitos anos atrás: um naufrágio. Felizmente, isso não ocorreu.
Todavia, o fato impõe a nós, jornalistas, o dever de ir além das buscas por respostas para o ocorrido. Também o de assinalar que esse meio de transporte de massa não pode continuar sendo prestado de forma deplorável e ineficiente. A disputa judicial envolvendo CCR Barcas e Governo do Estado não pode punir o cidadão que depende do transporte coletivo.
Passageiros apreensivos
De acordo com as informações que recebemos, a embarcação Neves V teria apresentado problemas durante a travessia entre a estação Praça XV e Praça Arariboia, no final da tarde de hoje (quarta-feira, 01).
Inclusive, que o comandante da embarcação, teria solicitado aos passageiros que estavam viajando em pé se deslocaram para o outro lado (no que seria, segundo nos fora relatado, uma tentativa de equilibrar a barca). Depois da embarcação atracar, do lado de fora os passageiros constataram que houve um problema do lado esquerdo da embarcação.
Vídeo
As imagens foram publicadas na rede social X por uma estudante da UFF.
Contraditório
Diante dos fatos, questionamos a CCR Barcas, sobre o que teriam a declarar sobre este incidente. Igualmente, qual a pane? Se Houve risco da embarcação afundar? Quais são os protocolos que os passageiros devem observar nesses casos? Prontamente, a concessionária nos respondeu, em nota:
A CCR Barcas informa que no trajeto Praça XV x Arariboia (viagem de 17h45) um objeto atingiu o casco da embarcação Neves. A viagem foi concluída e todos os passageiros a bordo desembarcaram com segurança.
A equipe de manutenção da Concessionária já está atuando para verificar o ocorrido.
Aos pedintes de votos
A classe política fluminense deve adotar providências no sentido de solucionar esse problema. Afinal, a situação recai muito mais sobre Niterói do que na cidade do Rio. Pelas Barcas, passam estudantes da UFF vindos do Rio, trabalhadores de São Gonçalo, Itaboraí e Maricá, além de niteroienses. O impacto do transito e do mau serviço acaba absorvido pelos cidadãos do Leste Fluminense. Isso precisa mudar.
Fonte: Folha do Leste
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