O Rio de Janeiro, por conta da crescente degradação ambiental das baías de Guanabara, Sepetiba e da Ilha Grande, além da pilha de lixo químico à beira do Rio Paraíba do Sul, pode sofrer uma grande crise de abastecimento de água.
As poluições, ocasionadas pela falta de saneamento básico, afetam as Baías e 100 lagoas costeiras fluminenses. A maior parte dos rios utilizados no abastecimento de água das cidades já estão poluídos. E o Paraíba do Sul, que abastece 80% da região metropolitana do Rio de Janeiro, corre sério risco por conta de uma montanha de resíduo siderúrgico (escória), que é despejada, diariamente, pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). São cerca de 100 caminhões depositando a substância a menos de 50 metros do Rio, em Volta Redonda. A pilha já tem mais de 30 metros de altura.
“Constata-se uma crise ambiental e risco de colapso hídrico no Estado do Rio de Janeiro onde vem ocorrendo sucessivos desastres, ditos ‘acidentes ambientais’, o que é muito preocupante, além de provocar prejuízos bilionários à economia. Já no ano passado, alertávamos ao MPF e ao MP Estadual (GAEMA) que, caso ocorra uma forte tromba d’água, consequência de fortes chuvas, ou o desabamento/desmoronamento desta enorme montanha de lixo industrial há um elevadíssimo risco de suspensão por tempo indeterminado do abastecimento publico de dezenas de cidades do Vale do Paraíba, da Baixada Fluminense e da Capital (Rio de Janeiro), cujo prejuízo socioeconômico e o impacto ambiental são incalculáveis”, conta Sérgio Ricardo, do Movimento Baía Viva.
Sobre o caso, a CSN emitiu nota afirmando que o material armazenado “não é perigoso, conforme classificação da ABNT, não representando qualquer risco ao meio ambiente ou a saúde”. Recentemente, a Companhia foi multada.
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