Com o fim do reforço de 280 agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas estradas do Ro, previsto para o dia 31 de dezembro, aumenta o risco de roubos de cargas e assaltos nas rodovias federais do estado. A Operação Égide, fruto de um convênio firmado entre os governos federal e estadual, em julho do ano passado, surgiu como resposta ao crime organizado, mediante o crescimento dos índices de roubos de carga e do contrabando de armas nas vias federais.
De 10 de julho de 2017 a 16 de dezembro deste ano, foram presas 31.995 pessoas nas estradas, além da apreensão de 438,7 toneladas de maconha e 21,61 toneladas de cocaína e de crack. Os agentes também interceptaram carregamentos com 1.771 armas de fogo e 249.064 de munição. Enquanto em 2017 ocorreram 10.599 casos de carga roubada, este ano, foram 9.038 ocorrências deste tipo até o momento.
O assessor de comunicação da PRF, inspetor José Hélio, explicou que o Rio de Janeiro voltará a ter apenas 830 policiais, efetivo anterior ao convênio, que é 25% menor do que o contingente total de 1.100 agentes da Operação Égide.
— O nosso efetivo está longe do ideal, mas o reforço de agentes de fora nos ajudaram muito a reduzir alguns índices. Houve um investimento no pessoal com cursos de capacitação, de abordagem e até para o manuseio de armas de grosso calibre. No Rio, temos um policiamento diferenciado, pois os bandidos andam fortemente armados de fuzis e em bondes pelas estradas. Em outros estados, muitas vezes, a situação é diferente — explicou o assessor da PRF.
Em nota, a assessoria de imprensa do governador eleito Wilson Witzel informou que solicitará ao governo federal, em janeiro, a prorrogação do convenio com a Polícia Rodoviária Federal.
Fonte: Extra
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