Na manhã desta quarta-feira (2/03), moradores da Rua Monte Alegre no Bairro Ecologia em Seropédica, encontraram Igor Antunes Prado Fonseca de 29 anos enforcado em uma arvore. Igor era Técnico de Refrigeração e trabalhava no km 40, atualmente ele morava de favor na Ecologia. Em sua despedida ele deixou três cartas justificando sua atitude.
Pode ser que, em algum momento de nossas vidas, desconfiemos de que alguém próximo está pensando em suicidar-se em decorrência de um grande sofrimento. Diante dessa situação, o sentimento de impotência pode se fazer presente, fazendo-nos acreditar que não há como intervir, uma vez que a pessoa parece já ter decidido encerrar a própria vida. Entretanto, ao contrário do que o senso comum tende a reproduzir, existem diversas maneiras de auxiliar essa pessoa.
Se há uma desconfiança, é importante que se converse diretamente com a pessoa que está sofrendo. Um diálogo aberto, respeitoso, empático e compreensivo pode fazer a diferença. Procurar saber como a pessoa está, o que tem feito ultimamente, como está se sentindo. O foco da conversa deve ser o outro, portanto, não é recomendável: falar muito sobre si mesmo, oferecer soluções simples para os problemas que a pessoa relatar e desmerecer o que ela sente.
Essa conversa pode obter melhores resultados se for feita em um lugar tranquilo, sem pressa, respeitando o tempo da pessoa para se abrir. Caso a pessoa se sinta à vontade para compartilhar o seu sofrimento, não é indicado: rechaçar (“Credo, isso é pecado!”), esboçar expressões de choque (“Não acredito que você tá pensando nisso!”) e reprimir, caso o choro venha (“Pra que chorar? Você sempre teve tudo do bom e do melhor!”).
A escuta ativa deve sempre estar presente nesses diálogos. Uma escuta ativa consiste em realmente ouvir e compreender o que o outro diz, não apenas esperar uma pausa para poder respondê-lo. Isso não significa, no entanto, deixar a pessoa falando sozinha. Algumas pontuações que podem ser feitas consistem em: fazer perguntas abertas; fazer um breve resumo do que a pessoa falou, de tempos em tempos, para que ela saiba que você está atento ao que ela diz; retornar a algum ponto que não tenha ficado claro e tentar, ao máximo, escutá-la sem julgamentos.
O Cabo PM que esteve no local do suicídio relatou um problema parecido que ele teve anos atrás e atualmente está curado: “É com tristeza que no dia de hoje, quarta-feira de cinzas me deparo com mais uma ocorrência de suicídio, por consequência de DEPRESSÃO. Homem jovem, saudável que deixa dois filhos. Deixo aqui meu apelo a todos sobre a importância da assistência da família, amigos e pessoas próximas, além da assistência de um psicólogo. “NÃO É FRESCURA” É UMA DOENÇA SÉRIA E TEM CURA! Há alguns anos por EFEITO COLATERAL DA GUERRA eu tive um quadro severo de depressão e não via mais sentido para viver, com um vazio sem tamanho no peito e uma tristeza que parecia que nunca teria fim, pensei até que ficaria louco. Tive que fazer uso de medicamentos controlados. Até que finalmente achei a cura, e estava tão perto, estava comigo o tempo todo, DEUS! A dor passou, a tristeza passou. Hoje anos depois mal me recordo desse momento. NAO TIRE SUA VIDA, ACREDITE EM MIM, VAI PASSAR! Quem estiver passando por isso pode me procurar e conversaremos com melhor sobre minha completa cura”.
Quem estiver passando por estes problemas e precisa de ajuda, o Cabo PM Cartonilho deixa seus contatos: Edson Cartonilho (Facebook) – @edsoncartonilho (Instagran) 21 990161398 (WhatsApp).
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