Dia 10 de julho de 1937, sábado 16h20.
À exatamente 82 anos atrás, circulou o primeiro trem elétrico no Rio de Janeiro conduzido pelo maquinista Tibúrcio Pacheco de Melo.
Partiu da Central do Brasil levando o Presidente da República Getúlio Vargas com direção a Madureira, fazendo a primeira parada oficial na Estação Méier.
Nós somos os continuadores dessa história.
Parabéns a todos os irmãos e irmãs maquinistas do Rio de Janeiro!
Enquanto que em 1937 era servido por locomotivas a vapor movidas por carvão pertencente à Estrada de Ferro Rio D” Ouro, o bairro de Cascadura era o ponto final, com retorno à Cidade, da Estrada de Ferro da Central do Brasil.
Urge o desenvolvimento populacional e o progresso respectivamente dos bairros de Madureira, Vaz Lobo, Irajá e adjacências ao ponto de exigirem do Governo do então Presidente da República, Dr. Getúlio Dornelles Vargas, uma atenção especial sobre o problema que culminou com a construção das estações de Madureira, Rio das Pedras (Oswaldo Cruz), Bento Ribeiro, Marechal Hermes e Deodoro. A inauguração deu-se no sábado do dia 10 de julho de 1937, às 15 horas, com a presença do Presidente da República. Marco da extinção definitiva da locomotiva a vapor em favor do trem elétrico. Os bairros de Vaz Lobo, Irajá e adjacências, foram beneficiados indiretamente pelo novo sistema de transporte ferroviário empregado mesmo através da necessidade de baldeação em Madureira o que antes se estendia à Cascadura.
Segundo o Rio Ilustrado – 1937, a quem coube o trabalho de cobertura jornalista da solenidade junto aos promotores dos festejos comemorativos da eletrificação dos trens em Madureira, no dia da inauguração, os organizadores das localidades beneficiadas pelo progresso ferroviário, tiveram a iniciativa de oferecer bondes a tração elétrica, com passagem gratuita, à todos moradores de Irajá, Vaz Lobo e adjacências, para prestigiar o novo meio de transporte.
O Presidente da República, na ocasião, foi ovacionado pela população presente, tendo sido recebido na gare de Madureira por uma comissão local onde coube ao Dr. Manoel Luiz Machado Junior, remanescente de tradicional família Irajana, filho do Intendente Manoel Luiz Machado, na época já falecido, a oportunidade de usar da palavra de agradecimento em nome da população de Madureira, Vaz Lobo, Irajá, e adjacências.
Até hoje, todos os bairros supra mencionados bem como os demais bairros supra mencionados bem como os demais bairros circunvizinhos continuam a usufluir do referido transporte.
Antes da desativação por completo da linha pertencente a Estrada de Ferro Rio D’ Ouro, andou circulando de maneira precária, algumas composições formadas por vagões de passageiros de trens elétricos, movidas pela locomotiva de óleo diesel. Circulou por pouco tempo, terminando antes mesmo da desativação da estação ferroviária de Irajá.
Foto xerox – Rio Ilustrado 1937
Contraste: Trem a carvão poluindo ao lado do trem elétrico, menos poluente, ocasionando apenas poluição sonora – 1937/2000
Na inauguração havia duas classes de passagem: 1a. classe composta de banco confortável, forrado de couro e de 2a. classe de banco menos confortável, por ser de madeira. Com o decorrer dos anos, por volta da década 50, acabou a divisão de classes, ficando só os assentos de madeira e anos mais tarde de plástico reforçado, situação que perdura até a presente data.
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