Resultado de mais de 15 anos de pesquisas, o projeto “Cultivo da Pupunha para produção de palmito como indutor do desenvolvimento do litoral do Paraná” redesenhou a agricultura da região. Nativa da Amazônia, onde é utilizada para produção de frutos, a pupunha encontrou espaço para produção de palmito na Mata Atlântica, bioma no qual foi introduzida por meio de plantios organizados em áreas abandonadas pela agricultura. Com a implantação do sistema de produção, o valor bruto da produção saltou de R$ 480 mil em 2000 para R$ 19,5 milhões em 2016, beneficiando 650 famílias dos municípios de Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba, Morretes e Paranaguá. “Este tempo de pesquisa em parceria com a extensão rural envolveu a adaptação da espécie às regiões litorâneas da Mata Atlântica, definição de espaçamento, adubação, controle de doenças, colheita, tratos silviculturais e outros”, explica o pesquisador e líder do projeto Álvaro Figueredo dos Santos. “Hoje, temos informações e orientações sobre todo o sistema de produção e uma ampla aceitação por parte dos agricultores familiares, que viram na pupunha uma forma de geração de renda com preservação ambiental”, completa. O sucesso da introdução do cultivo de pupunha para palmito por agricultores familiares na Mata Atlântica foi reconhecido como boa prática pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e também faz parte do banco de tecnologias sociais da Fundação Banco do Brasil. Para conhecer para sobre o projeto, clique aqui .
Já o projeto “Estradas com Araucárias” tem como objetivo estimular, por meio de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), o plantio de araucárias nas divisas de propriedades rurais familiares com estradas, nas áreas de ocorrências desta espécie. O projeto é financiado por empresas da iniciativa privada interessadas em compensar suas emissões de gases de efeito estufa. Atualmente, o projeto atende 68 produtores rurais familiares nos estados do Paraná e Santa Catarina e é patrocinado pelo grupo empresarial de transporte e logística DSR. Cada produtor rural recebe R$ 1 mil por ano para plantar e cuidar de, pelo menos, 200 araucárias. “Já alcançamos uma linha de 100 km de plantio em divisas de propriedades rurais com estradas. Além de gerar renda a esses produtores e auxiliar no combate às mudanças climáticas, estamos constituindo ‘corredores verdes’, agregando valor paisagístico e ecológico às estradas e ajudando a salvar uma espécie ameaçada de extinção”, explica o pesquisador e idealizador do projeto, Edilson Batista de Oliveira. Para conhecer mais sobre o projeto, clique aqui para ler uma reportagem e aqui para assistir a um vídeo sobre o projeto.
Mais informações e agendamento de pautas:
Katia Pichelli / Paula Saiz
Núcleo de Comunicação Organizacional
Embrapa Florestas
(41) 3675-3545
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