Veículo foi abordado em Seropédica, na Baixada Fluminense. Caso foi levado para a delegacia da Polícia Federal em Nova Iguaçu.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) interceptou, na tarde desta quinta-feira (19), uma van com pelo menos 12 adolescentes indígenas em Seropédica, na Baixada Fluminense.
O motorista e os índigenas estavam sem documentos, e uma das suspeitas era de trabalho análogo à escravidão.
Segundo a polícia, o grupo estava trabalhando em uma construção dentro de uma aldeia indígena em Maricá, na Região Metropolitana do Rio, desde domingo (15), e voltaria para Paraty nesta quinta.
Por meio de nota, a Funai informou que o grupo participou de um mutirão para construção de moradias em uma aldeia de Maricá. Disse ainda que os menores estavam sob a guarda de adultos autorizados. A Prefeitura de Maricá também negou qualquer irregularidade (veja as notas mais abaixo).
Segundo a PRF, 14 pessoas estavam na van, além do motorista:
- 3 meninas; uma delas, de 17 anos, diz ser mãe de um bebê de 1 ano;
- 2 meninas de 14 anos;
- 7 meninos menores: um de 17 anos, outro de 16 anos, e outros 5 de 14 anos.
- 2 maiores de idade.
A ocorrência foi encaminhada para a Polícia Federal em Nova Iguaçu, também na Baixada Fluminense, que investiga o caso. O Conselho Tutelar também foi acionado.
Nota da Funai
“A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) informa que acompanha o caso por meio da Coordenação Técnica Local de Paraty. O deslocamento dos indígenas ao município de Maricá (RJ) teve como objetivo a participação do grupo em um mutirão para construção de moradias tradicionais em uma aldeia na cidade.
O sistema de edificações tradicionais guarani é uma forma de fortalecimento e divulgação da cultura desse povo. Após a participação no mutirão, os indígenas seguiram de volta à aldeia de origem quando foram abordados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Ao identificar a presença de crianças desacompanhadas dos pais no veículo, a PRF entrou em contato com o Conselho Tutelar e a unidade da Funai na região. Tão logo tomou conhecimento do ocorrido, a Funai esclareceu a situação e informou que as crianças estavam sob a guarda de adultos devidamente autorizados.
Após o ocorrido, a PRF e a Funai iniciaram a articulação para que os indígenas retornem em segurança à Terra Indígena.”
Nota da Prefeitura de Maricá
“A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Participação Popular e Direitos Humanos, nega de forma veemente que o grupo de indígenas realizasse trabalho escravo. Eles participaram de construção em mutirão, hábito afeito ao grupo, e visitaram parentes, conforme foi esclarecido em depoimento na delegacia.”
Fonte: G1
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