Por Marcello Sigwalt
Tomando por base a variação anual do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a partir de fevereiro próximo, as tarifas dos trens da SuperVia sofrerão um aumento de 6,33%, de R$ 7,10 para R$ 7,60. A informação integra ofício enviado pela empresa à Agetransp, agência reguladora do setor.
Na formação do novo patamar tarifário, a mensagem da concessionária considerou como critério o ‘reajuste ordinário do valor máximo unitário da tarifa padrão, que vem a ser ‘o valor da passagem máxima, desconsiderando subsídios ou benefícios sociais’. Dessa forma, a tarifa resultante superou à cobrada atualmente pelo metrô, de R$ 7,50.
Atualmente, o Estado banca o subsídio da ‘Tarifa Social’. Pessoas entre 5 e 64 anos com renda mensal inferior ou igual a R$3.205,20 têm direito a pagar menos em transportes geridos pelo Estado, como os trens, metrô e barcas. No caso dos trens, o valor fica em R$ 5 para quem tem o benefício.
Diversamente da matriz ferroviária, a metroviária ainda continua com o valor de reajuste para o ano que vem pendente. No entanto, levando em conta o fato de que, neste caso, o indexador utilizado é o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), este indicador apresentou variação acumulada de 4,29% este ano. Como o valor atual da tarifa do metrô é de R$ 7,50 (a mais cara do país), esta passaria a custar R$ 7,82.
Outra questão tarifária preocupante é a disparidade entre o preço do metrô e aquele cobrado nos ônibus da cidade, que cresceu exponencialmente, de 13%, em 2019, para ‘exorbitantes’ 74%, este ano. Em consequência, transporte metroviário vem enfrentando uma situação de grave desequilíbrio de aumento de custos uma vez que a demanda metroviária, exceto os passageiros que utilizam a Tarifa Social, despencou 10%.
Transição – Pelo acordo de transição para operação de trens, celebrado entre o governo do Rio e a Supervia, a previsão é de que a SuperVia deverá ser substituída, em um período de seis a nove meses.
Enquanto isso, o administrador Cesar Ferraz Mastrangelo, ex-presidente da Agentransp, ficou encarregado de atuar como observador do governo estadual junto à concessionária, decisão ratificada pelo juiz em exercício na 6ª Vara Empresarial, Victor Agustin Diz Torres.
Fonte: Correio da Manhã
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