Secretário de Governo diz que maior atenção e com folha de pessoal e contratos com fornecedores
O caminho perseguido pela Prefeitura de Seropédica para driblar as dificuldades financeiras que a atual gestão garante ter herdado da administração anterior, o que, inclusive, levou o prefeito Anabal Barbosa de Souza a decretar estado de calamidade financeira, foi o do substantivo corte de gastos baseado em auditorias em diversos órgãos da administração. Em entrevista ao ATUAL nesta terça-feira (14), o secretário municipal de Governo, Luiz Cláudio Medeiros Compasso, disse que o equilíbrio das contas está sendo buscado, por exemplo, nos cortes na folha de pessoal, num índice que supera os 50%.
Segundo o secretário, a revisão de contratos é outra estratégia adotada pela gestão Anabal na tentativa de estancar o esvaziamento dos cofres públicos. O governo está empenhado em economizar com o pagamento de aluguéis e com gastos como o de lavanderia. “Estamos chamando todos os fornecedores para renegociar, inclusive com relação aos aluguéis. Em algumas situações conseguimos uma significativa redução, o que nos permitiu continuar com os contratos relacionados a imóveis que abrigam escolas”, salienta o secretário de Governo, acrescentando que há casos em que se conseguiu redução de até 50%.
O secretário Luiz Carlos Compasso insiste que os esforços da atual administração a caminho do saneamento financeiro têm como base as várias auditorias realizadas desde o início do governo. Ele conta que quando há casos em que se constatam irregularidades como sobrepreço as empresas estão sendo chamadas para praticar um valor real, dentro das possibilidades financeiras da prefeitura e que das condições econômicas vigentes. Apesar das dificuldades, Compasso não esconde um fiapo de otimismo em relação aos resultados a serem alcançados. Mesmo sem querer antecipá-los, ele sinaliza que há outros setores importantes na mira da tropa encarregada da recondução das finanças municipais à normalidade.
Um capítulo especial da agenda financeira do governo Anabal, nestes primeiros meses de administração, é o que trata da folha de pessoal, afinal, num momento em que o corte de gastos se apresenta como alternativa vital para a superação da crise, há a expectativa de aliados em relação à possibilidade de nomeação para os chamados cargos de confiança. Mesmo assim, Compasso garante que até agora a lição de economia está bem executada, com um corte de até R$ 2 milhões na folha de pagamento. Segundo o secretário, a ideia, nesse quesito, é reconduzir à cidade aos limites estabelecidos na Lei de Responsabilidade Fiscal, que autoriza, no máximo, 54% do comprometimento da receita corrente líquida com a despesa de pessoal. O secretário lembra que no final da gestão anterior, esse gasto chegou a incríveis 63,12%.
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