O projeto, a cargo da Secretaria Municipal de Infraestrutura, prevê a construção de áreas de lazer para atender aos moradores do bairro de Piedade e adjacências, além de um centro cultural, esportivo e educacional, erguido em parceria com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio).

A Rua da Capela, onde está localizada a Capela Nossa Senhora da Piedade, tombada pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) em 1996 por sua importância arquitetônica, histórica e cultural, também será beneficiada com melhorias de urbanização.

Haverá ainda espaço para feiras e eventos, academia, campo de futebol, pista de skate, parque infantil e parque aquático com direito a cachoeira artificial.

O Parque Madureira, inaugurado em 2012, serve de inspiração para o que se planeja fazer em Piedade. A ideia é que sejam realizadas obras também no entorno do parque com pavimentação, sinalização, iluminação, paisagismo, rampa de acessibilidade na estação de Piedade pela Rua Goiás e ciclovia na Rua Manoel Vitorino.

Os croquis iniciais incluem uma esplanada para eventos, um mirante, hortas comunitárias, anfiteatro, quadra de esportes, praça de skate e espaços com brinquedos de “alta qualidade”, além de uma área comercial para restaurantes e lojas. Segundo o prefeito Eduardo Paes, uma parte do espaço será mantida como centro educacional e será tocado pelo Sesc e Senac.

As intervenções para construção do parque tiveram início no dia 5 de setembro, quando dois prédios do antigo Colégio Piedade, que ficavam no terreno, foram demolidos. O valor pago pelas desapropriações foi de R$ 54 milhões.

— Com o fim da Gama Filho, essa área ficou abandonada. Com essa obra, tenho certeza que voltaremos a ver comércio, bares, restaurantes. O parque será um novo ponto do nosso subúrbio carioca e muitas histórias serão construídas nele. Aqui tem um pouco da história de muitos cariocas que se formaram na Gama Filho. A memória será preservada como uma homenagem. Uma parte será mantida como centro educacional — afirmou o prefeito Eduardo Paes.

Uma hora antes da implosão, as pessoas precisaram deixar suas residências para isolar um perímetro de 150m de isolamento. Os moradores foram orientados para fecharem o registro de gás de botijão, além de portas e janelas. Eles também receberam informação para desligarem a chave geral de energia elétrica e levarem os animais de estimação.

Para realizar a implosão, foi necessário seguir o rito de quatro toques de sirene. O primeiro, às 6h30 determinou o bloqueio total das vias. O segundo, às 6h50, marcou a inspeção final da área evacuada. E às 6h55 foi o chamado toque de atenção. A implosão ocorreu às 7h, com o quarto toque soando momentos antes como aviso.A área foi liberada cerca de 30 minutos depois.

Na limpeza urbana, a Comlurb atuou com 27 garis na remoção de pequenos fragmentos de restos de escombros e do excesso de poeira. A Companhia utilizou, entre veículos e equipamentos, um caminhão basculante para transporte dos resíduos, uma pá mecânica, duas varredeiras de grande porte, oito sopradores e três pipas d’água.

Texto Fonte: EXTRA

Vídeo: Diário do Rio