Portos do Rio devem atrair R$ 3,9 bilhões em investimentos

22 de outubro de 2024

Concessões de áreas em portos do Rio serão leiloadas pelo Governo Federal a partir de dezembro, começando por um terminal em Itaguaí

Em dezembro, o Governo Federal pretende licitar a construção de um novo terminal no Porto de Itaguaí, no Sul Fluminense, que será erguido em uma área de 249 mil metros quadrados, para receber minério de ferro. A previsão de investimento é de R$ 3,58 bilhões, com um contrato de concessão de 35 anos. Esse será o primeiro dos portos do Rio a ter leilões dentro do novo pacote de concessões portuárias planejado pela gestão do presidente Lula.

A ambição governamental é a de realizar a maior quantidade de leilões portuários da história. Os detalhes foram revelados pelo jornal Folha de S. Paulo, a partir de informações do Ministério dos Portos e Aeroportos, com as primeiras iniciativas já no próximo mês. Só nos portos do Rio, os leilões preveem que os compradores façam investimentos de R$ 3,975 bilhões.

Ao todo, há previsão da concessão de 35 terminais portuários em todo o país, projetos que, somados, totalizam R$ 11,085 bilhões de investimentos, a partir de terminais novos, obras de ampliação e melhorias incluídas em cada um dos contratos que serão firmados com a iniciativa privada.

Até o fim de 2025, 22 terminais devem ser licitados pelo Governo, sendo que três deles são esperados ainda para este ano. É o caso dos terminais dos portos de Santana (AP), Maceió e Itaguaí (RJ), sendo este último o maior de toda a carteira.

Os leilões incluem a concessões de áreas nos principais portos do país, incluindo o Porto do Rio, Paranaguá (PR), Fortaleza, Recife, Itaqui (MA), Salvador e Porto Alegre.

Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, ainda há previsão do número de leilões aumentar, chegando a um total de 58 concessões até o fim de 2026, se contabilizado o que também está em estudo. “Entre 2013 e 2022, foram feitos 43 leilões de terminais portuários no país. Entre 2023 e 2026, nós vamos fazer o maior volume de leilões portuários da história do Brasil. Em quatro anos, vamos superar o que foi feito em uma década”, declarou ele ao jornal paulista.