Um grande absurdo esta preste a acontecer, se a Rural não conseguir através de meios políticos justificar a permanência dos 260 Agentes Ferroviários que veem trabalhando nos Campus da UFRRJ desde 4 de setembro de 2018, através Portaria nº 193.
Vamos conhecer a História
No dia 4 de setembro de 2018 o Magnífico Reitor Ricardo Berbara, em solenidade no Anfiteatro Gustavo Dutra, deu boas-vindas aos 174 Policiais Ferroviários dos 260 que vieram da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) de Belo Horizonte. Durante o evento Berbara destacou; “Foi uma conquista da UFRRJ, a vinda destes Agentes que vão incrementar em muito a segurança dos nossos Campus, concedendo tranquilidade aos servidores e estudantes, já que o nível de violência vai diminuir bastante com a incorporação deste efetivo”.
Essa foi a primeira transferência de funcionários com base na Portaria nº 193, que facilitou a realocação de servidores e empregados públicos entre órgãos federais. Este projeto teve início no mês de julho de 2017, quando houve a primeira reunião na pró-reitora da UFRRJ, com três servidores da CBTU de Belo Horizonte, que manifestaram este interesse. Naquele momento não se deslumbrava trazer todos, mas um pequeno grupo, mas acabaram vindo mais, no total de 260.
Ficaram no Campus de Seropédica 180 Policias Ferroviários, o restante foram realocados nos outros Campus da Universidade, Nova Iguaçu, Três Rios e Campos dos Goytacazes.
Segundo a Advogada do Sindicato dos Policiais Ferroviários do Estado do Rio de Janeiro Dra. Bruna Decco, ao Seropédica Online; “Os Policias Ferroviários foram transferidos da STU BH, que é uma sede da CBTU para prestar serviços no Rio de Janeiro. Em uma ação Judicial em 2012, onde reintegrou esses policiais aqui na Cidade do Rio do Janeiro. Ocorre que como não existia este tipo de trabalho de Guarda Metroviário, porque a SuperVia já era privatizada, enviaram estes policiais para BH MG, porque era serviço público e eles recebiam da CBTU AC. Eles foram transferidos para lá porque era serviço essencial na época. Ocorre que houve um novo concurso público em Belo Horizonte, acabando a necessidade desta mão de obra. Com a necessidade do Campus da Rural, houve uma intervenção política, criando uma Portaria Ministerial 7368/2018, onde os 260 Policiais Ferroviários se transformaram em Guardas Universitários Federais. Ocorre que aquela Sede de Belo Horizonte foi leiloada e privatizada, e acabou efetivada agora em março. Com esta efetivação, a empresa vencedora do leilão mandou um telegrama para cada Policial Ferroviário, para que retornassem para Belo Horizonte, no prazo de dois dias, para prestarem serviço a esta nova empresa privada. Foi meramente um telegrama enviado a cada Policial Ferroviário, e a UFRRJ nem tinha sido citada, e nem informada a data que esses policiais teriam de retornar a BH. A UFRRJ soube deste telegrama através dos próprios policiais; “Olha daqui a dois dias teremos de nos apresentar em BH”. Em nenhum momento deram condições de trabalho para esses funcionários. Os policiais receberam este telegrama no dia 28 de março do corrente ano, para se apresentarem no dia 30 de março, um prazo de dois dias. A maioria dos Policias não foram a BH se apresentarem porque não tinham nenhuma condição por ser final de mês”.
Vejam que absurdo, a maioria dos Policias já são idosos, o mais novo tem 56 anos, e muitos já passam dos 70 anos. As famílias moram aqui no RJ, e não foi ofertado nada, além dos salários que já recebem. Se algum resolver se desligar da empresa como vai conseguir um novo emprego com essa idade?
O outro problema sério e que a Universidade Rural vai ficar com pouco efetivo para fazer segurança dos alunos, visitantes e patrimonial.
A Coordenadora, Ana Luiza, do Diretório Central dos Estudantes (DCE), e Rafael da Costa Oliveira do CPA da UFRRJ, destacaram que os alunos e servidores ficarão desguarnecidos de segurança com a saída dos Guardas Ferroviários, já que existem vários problemas de segurança dentro do Campus.
Em nota o Sindicato enfatizou: O SINTUR-RJ faz parte dessa luta, não vamos aceitar que esses servidores sejam penalizados por uma política sórdida de privatização que desqualifica, desmonta e precariza o serviço público. “Convocamos a comunidade acadêmica, todos (as) que estiverem pelo Campus para pararem no pórtico, na entrada principal da UFRRJ e assinar o abaixo assinado em apoio a permanência desses trabalhadores no campus”.
Em MEMORANDO ELETRÔNICO Nº 20/2023 – VICEREI (12.28.01.06) (Código: 202504416) divulgado pela administração central em 29/03/2023 a mesma esclareceu que: ao longo dos meses de janeiro, fevereiro e março, atuou em todas as esferas cabíveis do Poder Executivo no atual governo, a saber Ministério da Gestão e Inovação nos Serviços Públicos, Ministério da Educação e Ministério das Cidades, apresentando a importância e as justificativas para permanência dos trabalhadores na UFRRJ. Tais tratativas envolveram não apenas comunicações escritas, mas também reuniões presenciais e virtuais, no Rio de Janeiro e em Brasília. Em tais ocasiões foi assegurado aos representantes da UFRRJ o reconhecimento da importância do pleito pelas instâncias executivas.
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