Em santa Missa Realizada neste domingo (15), na Paroquia Nossa Senhora das Graças, comunidade do Cruzeiro, o Padre Paulo Sergio, falou sobre as leituras desse domingo, que nos fazem contemplar a misericórdia de Deus.
O Padre Paulo Sergio falou sobre o suicídio, que está aumentando cada vez mais, principalmente entre os jovens. No Brasil, uma pessoa tira a própria vida a cada 45 minutos, segundo o Centro de Valorização da Vida (CVV). Um dado alarmante que precisa cada vez mais de atenção da sociedade. Para isso, existe o movimento #SetembroAmarelo que este ano traz a campanha #ComoVaiVocê.
O suicídio já é a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, no mundo. No Brasil, já é a quarta maior. Dados da OMS apontam que 32 brasileiros se suicidam diariamente. “Não podemos deixar de debater e aprofundar esse tema em nossas famílias, escolas, comunidades, entre os amigos e, também na saúde pública. Todos temos a responsabilidade de ajudar a diminuir os índices que temos visto crescer em todas as faixas etárias, mas principalmente entre os jovens”.
“Para nós os cristãos, esse é um grande desafio de testemunhar a fé, a esperança e o amor, através de nossa ação concreta de salvar vidas, de ajudar a dar sentido para quem perdeu a vontade de viver, e a fortalecer os que estão enfraquecidos nesse mundo que trata as pessoas como coisa descartável e sem valor”, diz.
Em sua homilia o Padre Paulo Sergio fala sobre a parábola do filho prodigo. Um homem tinha dois filhos.
O mais jovem disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles. Poucos dias depois, ajuntando todos os seus haveres, o filho mais jovem partiu para uma região longínqua e ali dissipou sua herança numa vida devassa. E gastou tudo. Sobreveio àquela região uma grande fome e ele começou a passar privações.
Foi, então, empregar-se com um dos homens daquela região, que o mandou para seus campos cuidar dos porcos. Ele queria matar a fome com as bolotas que os porcos comiam, mas ninguém lhes dava.
E caindo em si, disse: ‘Quantos empregados de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome! Vou-me embora, procurar o meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. Trata-me como um dos teus empregados’.
Partiu, então, e foi ao encontro de seu pai. Ele estava ainda ao longe, quando seu pai o viu, encheu-se de compaixão, correu e lançou-se lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. O filho, então, disse-lhe: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho’.
Mas o pai disse aos seus servos: ‘Ide depressa, trazei a melhor túnica e revesti-o com ela, pôs um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o novilho cevado e matai-o; comamos e festejemos, pois, este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi reencontrado!’ E começaram a festejar.
Seu filho mais velho estava no campo. Quando voltava, já perto de casa ouviu músicas e danças. Chamando um servo, perguntou-lhe o que estava acontecendo. Este lhe disse: ‘É teu irmão que voltou e teu pai matou o novilho cevado, porque o recuperou com saúde’. Então ele ficou com muita raiva e não queria entrar. Seu pai saiu para suplicar-lhe.
Ele, porém, respondeu a seu pai: ‘Há tantos anos que te sirvo, e jamais transgredi um só dos teus mandamentos, e nunca me deste um cabrito para festejar com meus amigos. Contudo, veio esse teu filho que devorou teus bens com prostitutas, e para ele matas o novilho cevado!’
Mas o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso que festejássemos e nos alegrássemos, pois esse teu irmão estava morto e tornou a viver; ele estava perdido e foi reencontrado!’»
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